Pedro Stropasolas
Pedro Stropasolas

Os entregadores e motoristas de aplicativos marcaram, para esta terça-feira (29), uma paralisação de um dia por melhoria nos ganhos e nas condições de trabalho em empresas como Uber, 99 Táxi e iFood.

De acordo com os trabalhadores de apps, os recentes aumentos no preço dos combustíveis diminuíram os ganhos com corridas e entregas. As demandas incluem, por exemplo, reajuste que reponha as altas recentes do GNV (Gás Natural Veicular), corrida mínima no valor de R$ 10 e regulamentação da profissão.

Segundo o UOL, nesta semana também está previsto mais um ato de trabalhadores de aplicativos. Paulo Lima, conhecido como Galo, liderança dos Entregadores Antifascistas, afirmou que o “apagão dos apps”, em referência ao movimento de dois anos atrás, acontecerá na sexta-feira (1).

“Além da paralisação, a ação pede que os usuários usem a #apagaodosapps nas redes sociais e avaliem os serviços com nota baixa nas lojas de aplicativos. As manifestações têm organizadores diferentes”, diz Livio de Andrade, motorista de aplicativo e um dos líderes do movimento no Rio de Janeiro.

Questionado sobre essa nova paralisação, Andrade diz que o ideal seria que os trabalhadores fizessem um ato unificado. “A intenção era essa desde o começo, mas não vai ter influência [sobre a paralisação desta terça].”

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O iFood afirmou que respeita o direito de manifestação e que mantém o compromisso de diálogo aberto com os entregadores para buscar melhorias. Acrescenta que implementou algumas medidas que resultaram dessa troca de conversas, como reajuste de 50% do valor mínimo do quilômetro rodado (R$1 para R$ 1,50) e da taxa mínima (de R$ 5,31 para R$ 6), por exemplo.

A 99 informa que os motoristas de 1.600 cidades passaram a ganhar, desde quarta-feira (23), R$ 0,10 a mais por quilômetro rodado para cada R$ 1 de aumento do combustível, usando como base os valores registrados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Já a Rappi diz que respeita a manifestação pacífica e que aumentou em 40% as tarifas aos entregadores independentes de junho de 2021 a fevereiro deste ano.

O Uber não se pronunciou.