
Dois anos depois de ganhar repercussão nacional, a reportagem de um menino pedindo ao Papai Noel um sanduíche com pão, presunto e queijo, voltou a viralizar em grupos no WhatsApp. Novamente, a casa do estudante Bruno Cintra, em Franca (SP), ficou cheia de doações.
Em 2017, Bruno só conseguiu matar a vontade de comer o bauru, que ele tanto gosta, graças a uma rede de solidariedade formada por pessoas de diferentes regiões do país, sensibilizadas com o pedido.
Na época, a casa onde ele vivia com a avó, Maria Sueli Cintra, ficou tomada por doações de alimentos, roupas e brinquedos. Os presentes eram resultado das cartas distribuídas por ele mesmo pela cidade.
A geladeira, então vazia, ficou cheia, e a fartura encheu o lar de avó e neto, que enfrentavam dificuldades financeiras. A generosidade de desconhecidos fez Bruno ter um Natal inesquecível.
“Muita gente me ajudou. Eu ganhei boa parte do que eu tenho hoje. Eu tive até o videogame dos meus sonhos. Tenho que agradecer a Deus e às pessoas”, afirmou ao G1.
Viralizou novamente
A cartinha escrita por ele em 2017 voltou a ser assunto neste fim de ano. A reportagem da época passou a ser compartilhada, e uma nova rede se formou com o intuito de ajudar o menino.
Hoje, Bruno tem 13 anos. A avó não resistiu ao câncer que enfrentava, e morreu em agosto deste ano. O estudante passou a morar com uma das tias, Aparecida Ana Cintra.
Ele, que tinha a avó como mãe, esquece da tristeza na nova casa após o nascimento do seu primo Pietro, que ele tem como um irmão.
“Eu aprendi a lidar com a vida de uma maneira diferente. É muito bom estar aqui, brincando com o Pietro, com meus outros primos que vêm aqui. É uma alegria sem fim. Ele me diverte muito quando eu estou triste. É uma benção”, disse Bruno.
Desde que o vídeo viralizou, a casa da família está cheia de pessoas interessadas em ajudar de alguma forma. Gente que chega com alimentos, com os ingredientes para o sanduíche, brinquedos, roupas.
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O Natal da família Cintra, que seria humilde este ano, terá mais uma vez mesa cheia.
Agora, dentre os objetivos do Bruno, que vai para a oitava série no próximo ano, é um dia poder fazer pelos outros o que fizeram por ele.
“Eu me sinto abraçado por Deus. A fé é tudo. Quando eu crescer, eu vou ajudar, assim como eu fui ajudado. Eu tenho certeza disso”, finalizou.
Com informações do G1.