Nikolas Ferreira
Foto: Reprodução

Nos últimos dias, a nova regra do governo federal sobre o Pix tem gerado debates acalorados nas redes sociais. Entre os conteúdos que ganharam destaque, um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL) viralizou, atingindo mais de 100 milhões de visualizações. No vídeo, o parlamentar levanta preocupações sobre a medida, sugerindo que o presidente Lula (PT) estaria, de forma indireta, prejudicando os trabalhadores com maior monitoramento financeiro.

Em sua gravação, publicada em suas redes sociais, Nikolas Ferreira questiona as intenções do governo:

— O governo Lula vai monitorar seus gastos. E não, o Pix não será taxado, mas é sempre bom lembrar… A comprinha da China não seria taxada, mas foi. Não ia ter sigilo, mas teve. Você ia ser isento do imposto de renda, não vai. O Pix não será taxado, mas não duvido que possa ser. Quem mais será afetado por esta medida serão os trabalhadores, que serão monitorados como se fossem grandes sonegadores.

Vestindo uma camisa preta e com um fundo neutro, o deputado apresenta argumentos que, segundo ele, mostram uma postura do governo federal voltada mais à arrecadação de impostos do que ao bem-estar da população.

O que mudou na nova regra do Pix?

A nova regra anunciada pela Receita Federal estabelece que movimentações acima de R$ 5 mil realizadas por meio do Pix, TED, DOC ou cartão de crédito serão monitoradas. Essas informações passarão a ser enviadas às autoridades fiscais para identificação de possíveis irregularidades, como sonegação de impostos ou lavagem de dinheiro.

Embora a fiscalização sobre movimentações financeiras já existisse em bancos tradicionais, a novidade é que agora as instituições financeiras digitais também estarão obrigadas a enviar essas informações.

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Atualmente, todos os brasileiros com rendimentos anuais superiores a R$ 30.639,90 precisam declarar o imposto de renda. A nova regra não altera essa obrigatoriedade, mas pode identificar inconsistências entre os valores declarados e as transações financeiras realizadas.

É importante destacar que punições só ocorrerão se for comprovada a sonegação de impostos. Caso isso aconteça, o contribuinte precisará prestar contas à Receita Federal.

A polêmica nas redes e a repercussão no Governo

O impacto da medida gerou grande repercussão, com notícias falsas sobre o tema acumulando mais de 25 milhões de visualizações apenas na última semana. Em meio ao debate, o novo ministro da Secretaria de Comunicação, Sidônio Palmeira, tomou posse nesta terça-feira. Ele terá o desafio de lidar com a desinformação e esclarecer o objetivo da nova regra.

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