Horário de Verão
Foto: Arquivo/Agência Brasil

O governo federal está considerando a reintrodução do horário de verão no Brasil. A medida foi suspensa em 2019 durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A possibilidade foi confirmada nesta quarta-feira (11) pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), em meio a um cenário preocupante de estiagem no país.

A principal razão por trás da avaliação da medida é a economia de energia, já que o Brasil depende em grande parte de usinas hidrelétricas, cuja produção é afetada pela falta de chuvas.

De acordo com Silveira, o retorno do horário de verão está sendo analisado com cuidado. “Quando há qualquer possibilidade que aponte um caminho de uma solução para a modicidade tarifária e para a segurança do setor, é importante ser avaliada. Então, nós estamos na fase de avaliação da necessidade ou não de horário de verão”, explicou o ministro.

Silveira também ressaltou que, além da economia de energia, outros fatores estão sendo considerados, como os impactos econômicos que o horário de verão pode trazer. “Ele [horário de verão] tem outros efeitos que têm que ser analisados pelo governo como um todo, além da questão energética, que é a questão da economia. Ele impulsiona a economia do turismo, dos bares, dos restaurantes e a economia cotidiana”, afirmou.

Além disso, o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, também se mostrou favorável à ideia, embora tenha reforçado a necessidade de outras medidas de economia na conta de luz.

O retorno do horário de verão também pode ter efeitos positivos em setores como o turismo, bares, restaurantes e o comércio em geral. A maior disponibilidade de luz natural pode estimular as atividades econômicas no final da tarde, o que é visto como um benefício adicional da medida.

Contudo, o governo ainda está avaliando todos os impactos antes de tomar uma decisão definitiva.

História do horário de verão no Brasil

O horário de verão foi implementado pela primeira vez no Brasil em 1931 e funcionou de maneira contínua de 1985 até 2019. Durante esse período, os brasileiros adiantavam seus relógios em uma hora no verão, com o objetivo de aproveitar mais a luz do sol e economizar energia elétrica.

No entanto, o governo passado decidiu suspender a medida, alegando que seu impacto na economia energética havia diminuído ao longo dos anos.

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