O Brasil saltou para o sexto lugar no quadro de medalhas dos Jogos Paralímpicos de Tóquio-2020, com apenas três dias de competições, com quatro ouros (um deles com recorde mundial) e dois bronzes no atletismo, mais a “trinca” ouro, prata de bronze da natação. A melhor colocação brasileira foi em Londres-2012, quando o país terminou em sétimo no geral, e a meta traçada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) para esta edição é se manter entre os top-10.
As nove medalhas desta sexta-feira (27) – cinco de ouro, uma prata e três bronzes – fizeram com que o Brasil chegasse a 17 conquistas no total, sendo seis ouros, quatro pratas e sete bronzes. As provas com tradição entre brasileiros, como velocidade e saltos no atletismo, mostraram que o país está trabalhando bem a transição de gerações, com boas performances tantos de atletas experientes como também dos que estão estreando em Tóquio, depois de meses superando dificuldades de treinamento durante a pandemia.
[tdj-leia-tambem]
Na velocidade, o Brasil teve três representantes na final dos 100m da classe T46/47 (atletas com deficiências nos membros superiores), com Petrúcio Ferreira, recordista mundial com 10s42, chegando ao ouro e ao bicampeonato com recorde paraolímpico: 10s53. Depois da largada ruim, conseguiu cruzar em primeiro depois de uma recuperação fantástica, seguido pelo polonês Michael Derus, com 10s61. O bronze ficou com outro brasileiro, Washington Júnior, com 10s68. Lucas Lima terminou em sexto.
Ouro com recorde mundial, depois de perder a técnica Juliana Henrique com Covid-19 e um período de depressão, com pouco tempo de treinamento. Essa recompensa chegou para Wallace Santos, que no arremesso do peso conseguiu 12m63 na classe F55 (atletas com sequelas de poliomielite, lesões medulares ou amputações, que competem em cadeira de rodas), à frente do búlgaro Ruzdhi Ruzdhi, com 12m23, que tinha o recorde mundial com 12m47.