O jundiaiense Matheus Gallerdo, de apenas 14 anos, conquistou no domingo (15) o título do Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu. A vitória representa a coroação de uma trajetória que começou cedo: ele iniciou no esporte aos 4 anos de idade, influenciado pelo pai, e desde então coleciona vitórias expressivas como o título sul-americano, o Pan-Americano e o ADCC.
Com dedicação total ao esporte, Matheus concilia treinos diários, alimentação regrada, estudos e vida social. Ele relata que o início foi leve, mas com o tempo descobriu a paixão pelo jiu-jitsu nas competições. “Comecei a treinar Jiu-Jitsu aos 4 anos. No início, era tudo uma brincadeira, mas, com o tempo, comecei a competir e descobri a minha paixão pelo esporte”, contou o jovem.
Entre os maiores desafios, ele destaca o processo de amadurecimento emocional diante das derrotas. Segundo Matheus, o apoio do pai foi fundamental para seguir firme. “Ele trabalhou a minha mentalidade para que eu não desanimasse. Aprendi que nem toda derrota é ruim; elas podem ser valiosas se soubermos como utilizá-las”.
Lesão no tornozelo não impediu a conquista
A preparação para o campeonato brasileiro não foi fácil. Matheus sofreu uma lesão logo na primeira luta do Sul-Americano: um estiramento no ligamento do tornozelo. Ainda assim, decidiu seguir treinando nas semanas seguintes, mesmo com dores constantes. “A parte mais difícil foi lidar com a dor, mas consegui concluir essas duas semanas desafiadoras”, contou.
A vitória no Brasileiro, após duas tentativas frustradas em anos anteriores, foi marcada por emoção. “Quando consegui a vitória, não consegui encontrar palavras; foi um momento de pura felicidade. A única coisa que consegui fazer foi comemorar naquele instante, olhar para o céu e agradecer a Deus.”
Agora, Matheus sonha alto: “O sonho de todo atleta de Jiu-Jitsu é, sem dúvida, disputar o Mundial na Califórnia, sob a famosa pirâmide. Para mim, esse é o meu grande sonho e estou determinado a torná-lo realidade”.
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Apoio da família é essencial: “Acordamos às 5h30 todos os dias”
A mãe, Fabiana Gallerdo, acompanha de perto cada passo do filho, inclusive nas madrugadas. “Ele acorda às 5h30 da manhã para os treinos, e eu sou quem o leva para a academia. Enquanto ele se dedica nos dois treinos diários, fico esperando e torcendo”, relata. O orgulho é evidente: “Ver o comprometimento dele me enche de gratidão. Meu desejo é que venham muitos mais títulos pela frente”.
Ela também revela os bastidores da rotina esportiva e os desafios enfrentados pela família, principalmente os financeiros. “Infelizmente, o Jiu-Jitsu ainda é um esporte caro. Temos custos com kimonos, mensalidades da academia, preparação física e até consultas com nutricionistas. E, sem patrocínio, tudo sai do nosso orçamento”.
Mesmo diante das dificuldades, Fabiana afirma que continuará ao lado do filho em sua trajetória. “É gratificante saber que todo esse esforço pode trazer resultados. A resiliência dele me enche de orgulho”.
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