coudet celta de vigo

O técnico argentino Eduardo Coudet, 46 anos, é um dos exemplos de que aquelas escolhas que parecem sem sentido são, na verdade, excelentes oportunidades para demonstrar conhecimento e profissionalismo. De responsável pelo time líder do Brasileirão a treinador de uma equipe à beira do rebaixamento, ele foi do céu ao inferno em pouquíssimo tempo. O que ele não esquece, contudo, é a qualidade dos jogadores brasileiros – a quem sempre rende elogios.

Desde novembro de 2020, Coudet está no Celta de Vigo, na Espanha. “Eu gostei da cidade, do clube. Isso, com certeza, teve muito a ver com a minha escolha, para eu tomar essa decisão”, disse Coudet, em entrevista recente ao time da Betway, casa de apostas online.

Sobre ter deixado o Internacional-RS com chances de conquistar títulos nacionais e internacionais – o time de Porto Alegre também estava nas oitavas de final da Libertadores e nas quartas de final da Copa do Brasil – para assumir um dos rabeiras do Campeonato Espanhol, o treinador foi enfático: “Foi tudo muito rápido. Eu estava no Brasil, na primeira colocação, e pouco tempo depois estava na Espanha, com um time na última posição. Mas sempre tive muita confiança de que a equipe poderia reagir”.

E foi o que aconteceu. O Celta ocupa hoje a décima colocação na classificação da La Liga, a Primeira Divisão do futebol espanhol, com 38 pontos. Ganhou padrão de jogo, velocidade e pressão quando a equipe não está com a posse de bola.

Nas últimas rodadas, o time tem demonstrado certa instabilidade, mas para a torcida o que importa mesmo é que o clube está 11 pontos à frente da zona de rebaixamento. Em 21 jogos à frente do Celta, foram oito vitórias, seis empates e sete derrotas. Isso tudo sem conhecer os jogadores. “Como treinador é minha primeira experiência, não apenas na Europa mas também por não ter participado da formação do elenco e não ter feito uma pré-temporada. É um desafio a mais para continuar crescendo”.

Diferenças

As comparações entre o futebol sul-americano e o europeu também fazem parte do hall de perguntas que o argentino mais responde, atualmente. “São muito diferentes! Na Argentina é um futebol muito mais físico. O futebol brasileiro não tem tanto contato e os jogadores, fisicamente, são mais fortes do que em qualquer parte do mundo. São mais velozes, mais técnicos, mas é um futebol que se eu for dizer a diferença em relação ao argentino, é que não tem tanto toque. E um futebol muito bonito, muito equilibrado, que muda muito. E que se vive, como na Argentina, com um grau de intensidade total. E no futebol espanhol, há uma diferença na velocidade, principalmente na tomada de decisões, em como a bola corre, na velocidade em que a bola é tocada. Todos têm suas características e todos são diferentes”, destacou, na entrevista ao Betway, casa de aposta online.

Com apenas dois títulos em seis anos de carreira (Campeonato Argentino e Troféu dos Campeões, ambos pelo Racing), o técnico tem ao seu favor uma grande estrutura inaugurada recentemente pelo Celta – um centro de treinamento moderno, com três campos, estrutura completa de academia, instalações para os jogadores profissionais e da base, piscina e sala de imprensa.