Tenistas Jundiaí

Os irmãos tenistas Enrico Chicone Recchia, 19 anos, e Giovanne Chicone Recchia, 15, comemoram o importante momento que vivem no esporte. Jundiaienses, hoje eles moram sozinhos em Natal (RN) para se dedicar à modalidade e mostram que a estratégia tem dado certo.

Recentemente, eles assumiram posições no ranking da ITF (International Tennis Federation) após disputarem competições no Paraguai. A meta, agora, é seguir para os Estados Unidos em busca de estudos e de realizar o sonho de competir em torneios mundiais.

Ambos começaram a praticar tênis por hobby, nas quadras de Jundiaí. Como tomaram gosto pelo esporte, resolveram ir para o Nordeste, que é considerado hoje o celeiro da modalidade no país.

Enrico foi primeiro a viajar para a capital do Rio Grande do Norte. Está lá desde 2019 e faz parte de um grupo seleto de tenistas. “Chegou inseguro, apesar de ter bastante vivência no tênis. Mas todo o processo lhe ensinou muita coisa, principalmente que era muito bom no que faz”, lembrou o treinador, João Felipe Araújo.

Em pouco tempo, o jovem conseguiu títulos brasileiros e jogou torneios internacionais, o que ajudou a elevar muito o nível no esporte. Com a pandemia, as competições foram paralisadas mas Enrico manteve o foco para alcançar o sonho de pontuar na ITF.

O objetivo veio após participação em um torneio no Paraguai, que lhe cacifou para viajar até o Kansas (EUA), em agosto. “Quero fazer do esporte algo profissional e ter boas oportunidades nos Estados Unidos, unindo o estudo ao que eu mais amo fazer”, contou Enrico.

Já Giovanne, mais novo, cresceu dentro de uma quadra de tênis. Numa visita ao irmão, ele decidiu permanecer em Natal e não parou mais de colher bons frutos no esporte. Também na disputa paraguaia, o adolescente (ainda com 14 anos) fez bonito: foi o segundo brasileiro mais novo na história da modalidade a pontuar no ranking de juniores. “Isso foi um feito e tanto! É muito difícil pontuar na ITF, com 14 anos nem se fala”, comentou o treinador.

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Agora, ele quer seguir os passos de Enrico e ingressar em uma boa universidade americana. “Vou me dedicar muito para estar na Divisão 1, em uma universidade nos EUA”, disse Giovanne.

“Ser um estudante/atleta nos EUA é algo de muito destaque, pois o esporte universitário é muito valorizado. A estrutura oferecida é definitivamente de primeiro mundo, independentemente da modalidade. As universidades americanas contam com times de vários esportes formados por estudantes que, muitas vezes, ganham bolsas integrais de estudo. Ou seja, que conseguiram entrar na faculdade através de bolsas por excelência em esportes”, concluiu o treinador.