Evelyn da Silva Galvão
Foto: Arquivo Pessoal

Aos 40 anos, Evelyn da Silva Galvão participou do seu primeiro campeonato de Jiu-Jitsu — o Sul-Americano — depois de quatro anos de treinos. A conquista representa muito mais do que uma medalha: simboliza superação, coragem e inspiração para mulheres que desejam começar no esporte, independentemente da idade.

“Tenho 40 anos e foi meu primeiro campeonato desde que comecei a treinar”, conta Evelyn, que competiu na categoria Master 2, até 74kg, com kimono.

De um sonho adiado à coragem de competir

Evelyn revela que sempre teve vontade de competir, mas faltava coragem. Ao decidir sair da zona de conforto, sua motivação foi além da realização pessoal.

“Resolvi me inscrever para o meu primeiro campeonato apenas para me testar e para incentivar as meninas que treinam comigo. Como eu sou a mais velha, achei bacana mostrar que nunca é tarde demais para começar.”

Para Evelyn, não existe idade certa para começar algo novo. Com dedicação e força de vontade, ela encarou treinos ao lado de mulheres mais jovens e até homens.

“É só você ter disciplina porque nada é fácil, ainda mais com 40 anos. Praticar um esporte de alto rendimento, treinar com mulheres mais novas, homens… mas acredito que vale a pena. Não tenha medo de começar algo que você sonha, algo que você deseja.”

Superação dentro e fora do tatame

Os desafios não foram apenas físicos. Evelyn lembra do processo de emagrecimento e da pressão de ser casada com um faixa preta — que também é seu professor.

“Quando comecei a treinar, estava com 84 kg e tinha uma certa dificuldade. Porém, com o tempo fui tirando de letra. Outro desafio foi ser esposa de um faixa preta, que também era o meu professor. A cobrança foi um pouco maior, tanto da parte dele quanto da minha. Mas hoje trabalhamos juntos dando aula. Temos uma academia no bairro da Colônia e minha maior inspiração são as crianças. Dar aula é minha paixão.”

Uma preparação às pressas e uma vitória inesquecível

A decisão de participar do Sul-Americano veio de última hora, e Evelyn precisou correr contra o tempo para se adequar à categoria de peso. Mesmo assim, o apoio da família e da equipe fez a diferença.

“Eu me inscrevi uma semana antes do evento pesando 74.100 kg, com kimono. Minha categoria era até 74 kg. Na sexta-feira, treinei o dia inteiro e no sábado fui para São Paulo para o campeonato. Foi um turbilhão de emoções: superação, gratidão. Agradeço meu marido e minha filha que me apoiaram e torceram tanto por mim. Não tem preço.”

Próximos passos: foco no Brasileiro e no Mundial

Animada com a experiência, Evelyn agora planeja novos desafios.

“Pretendo ir competir o Brasileiro agora no fim do mês e o Mundial em novembro.”

A história de Evelyn é prova de que determinação e coragem podem abrir portas em qualquer fase da vida — especialmente quando o objetivo é realizar um sonho.

📝 Participe do nosso grupo exclusivo de vagas de empregos e receba diariamente as novidades direto no seu WhatsApp! Acesse e faça parte da nossa comunidade 👉 https://bit.ly/Tribuna-de-Jundiaí-Emprego-4

[tdj-leia-tambem]