Cinco anos depois de conquistar a primeira medalha de ouro olímpica, a seleção brasileira de futebol repete a façanha. Comandado pelo atacante Matheus Cunha, o Brasil sofreu mas conseguiu derrotar a Espanha e ficar com o primeiro lugar no pódio em Tóquio, neste sábado (7). A vitória veio na prorrogação, depois de empate no tempo normal por 1 a 1. O gol da vitória foi de Malcom (que tinha acabado de entrar).
A decisão foi marcada por um bom futebol apresentado pelas duas seleções. Os brasileiros tiveram a oportunidade de abrir o placar aos 38 minutos, com um pênalti marcado pelo árbitro após consulta ao VAR. A falta foi em cima de Matheus Cunha, dentro da área, mas quem cobrou a penalidade foi Richarlison: ele bateu forte, mas a bola subiu muito e passou longe do gol do espanhol Unai Simón.
A seleção acelerou o ataque para cima da Espanha nos minutos finais e fez 1 a 0 já nos acréscimos: aos 47, Matheus Cunha aproveitou uma bola tocada para trás por Daniel Alves, dentro da pequena área, ganhou dos zagueiros e bateu no canto esquerdo do goleiro.

Sofrimento
Na etapa final, o Brasil manteve a busca pelo ataque e criou oportunidades para ampliar o placar. Logo aos seis minutos, Richarlison recebeu passe na entrada da grande área, limpou o zagueiro e bateu forte, para grande defesa de Unai Simón. A bola ainda tocou no travessão antes de ser colocada para fora pela zaga espanhola.
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A Espanha tocava bem a bola e tentava o empate, mas esbarrava na marcação adversária e na falta de finalizações no gol defendido por Santos. Quando conseguiu encaixar uma boa jogada pela direita, o empate saiu. Aos 16 minutos, Carlos Soler cruzou forte para a área e encontrou o capitão Mikel Oyarzabal chegando por trás dos zagueiros; ele esticou a perna esquerda e tocou certeiro na bola, que venceu o goleiro brasileiro: 1 a 1.
A partir daí, a Espanha ganhou força e partiu para cima da defesa brasileira. A seleção recuou, demonstrou cansaço e o jogo passou a ser dramático para o Brasil. A Espanha teve espaço e mandou duas vezes a bola na trave de Santos, para desespero da torcida.
Prorrogação
No tempo extra, o técnico André Jardine tirou Matheus Cunha e colocou Malcom para dar maior poder ofensivo ao time. A alteração deu certo: aos três minutos do segundo tempo da prorrogação, Antony fez um lançamento na esquerda para Malcom, que ganhou do zagueiro e finalizou. A bola ainda bateu no pé do goleiro e entrou no canto esquerdo.
Nos minutos finais, a Espanha apertou o Brasil em busca do empate para a disputa de pênaltis, mas a seleção conseguiu evitar os ataques e ficou com o ouro.