Com apenas 10 anos, Arthur segue os passos do pai nas quadras e já se destaca entre atletas mais experientes (Foto: Arquivo pessoal/Vitor Gobi)
Com apenas 10 anos, Arthur segue os passos do pai nas quadras e já se destaca entre atletas mais experientes (Foto: Arquivo pessoal/Vitor Gobi)

Dizem que “filho de peixe, peixinho é”, mas quando o assunto é basquete, o que corre nas veias da família Gobi é puro talento. Arthur, de apenas 10 anos, já mostra desenvoltura nas quadras da Federação Paulista de Basquete Sub-12, onde atua desde abril, quando ainda tinha 9 anos. O jovem atleta é filho de Vitor Gobi, jogador e professor de basquete conhecido na região, e juntos eles mostram que amor pelo esporte é algo que se herda — e se multiplica.

Paixão pelo esporte que atravessa gerações

A trajetória no basquete começou há três décadas, com o avô de Arthur, técnico em Itupeva. “Ele trouxe o basquete até mim. Comecei em Jundiaí pelo Divino e joguei profissionalmente no Palmeiras e no Paulistano. Depois disso, me tornei professor de basquete no Colégio Divino, onde estou há 10 anos”, conta Vitor.

Mas, segundo ele, a decisão de seguir o mesmo caminho veio do próprio Arthur. “Apesar de todo esse retrospecto, ele começou por iniciativa própria aos 2 anos. [Já aos 9 anos], quando recebeu o convite para jogar federado pelo RM Stars, foi uma alegria imensa e um orgulho enorme”, afirma o pai.

Arthur completou 10 anos em setembro e já se destaca por ser o único atleta de Jundiaí federado na categoria Sub-12, competindo com meninos mais velhos. Para Vitor, essa diferença de idade é um desafio, mas também uma oportunidade de crescimento. “A preocupação é natural, afinal ele ainda é uma criança competindo com meninos mais velhos, mas confio muito na equipe, nos treinadores e, principalmente, nele”.

Talento, disciplina e amor pelo jogo

Mesmo com o basquete tão presente no dia a dia, Vitor e sua esposa procuram manter o equilíbrio entre a vida esportiva e familiar. “Em casa, ele é apenas o Arthur, o menino alegre e carinhoso. Claro que o assunto basquete volta e meia surge, mas fazemos questão de separar o momento de treino do momento em família”, explica.

O pai enfatiza que o mais importante é que o filho jogue com amor, e não por obrigação. “Procuro sempre apoiar, mas sem colocar peso ou pressão. A cobrança vem naturalmente quando ele tem metas próprias. Nosso papel é lembrar que o mais importante é se divertir e aprender”, ressalta.

Para Vitor, o esporte vai além das vitórias. “O basquete tem ensinado muito sobre respeito, trabalho em equipe, persistência e humildade. Ele aprendeu que cada treino conta, que as derrotas fazem parte do processo e que o esforço sempre traz resultados. O esporte é uma escola, todos os dias aprendemos algo novo”.

Momentos inesquecíveis em quadra

Entre os muitos jogos e treinos, um momento ficou marcado para sempre na memória do pai. “O mais marcante foi a primeira cesta como atleta federado, quando ele acertou um arremesso de três pontos. Meu coração quase saiu do peito. A torcida explodiu gritando o nome dele, e no final do jogo ele me abraçou e disse: ‘Pai, aquela cesta foi pra você e pra mamãe’”, relembra emocionado.

Além das conquistas dentro das quadras, Arthur também começou a chamar atenção fora delas — um vídeo seu alcançou mais de 1 milhão de visualizações nas redes sociais. “O que ele está fazendo, com 10 anos, no campeonato mais difícil do Brasil, é algo que eu nunca vi em 30 anos de quadra”, diz o pai, orgulhoso.

Confira algumas fotos do atleta mirim em ação:

O conselho de um pai

Mais do que títulos, Vitor acredita que o maior legado que o esporte pode deixar é o aprendizado e o vínculo familiar. “Meu conselho é: apoiem de coração, mas deixem que o sonho seja deles. Estejam presentes, aplaudam, incentivem. O esporte é uma jornada incrível. Sejam porto seguro e acreditem no potencial dos seus filhos”.

Arthur e Vitor representam o melhor do esporte: dedicação, amor e inspiração que atravessam gerações — mostrando que, quando o talento nasce dentro de casa, o futuro do basquete jundiaiense está em boas mãos.