pimenta
Foto: Fernando Espí/ Pixabay

Pimenta, na realidade, é um termo que se refere a um conjunto de temperos conhecidos por seu sabor único e ardido.

Estes temperos variam de acordo com sua origem e picância, entretanto um fator em comum entre elas são seus benefícios à saúde. Muitas promovem alívio de dor e melhora na digestão, por conter um poderoso componente antioxidante e anti-inflamatório: a capsaicina.

Confira os motivos para adicionar a pimenta em sua dieta:

1. Rica em capsaicina

A capsaicina tem relação direta com o sabor forte da pimenta, presente principalmente nas sementes e na casca. Considerada um anti-inflamatório natural e analgésico. Além disso, este antioxidante tem ações importantes no organismo como, por exemplo:

  • Aliviar a dor, afinal libera hormônios no cérebro responsáveis por dar a sensação de prazer e bem-estar
  • Agir como anti-inflamatório
  • Prevenir alguns tipos de câncer
  • Aliviar a congestão nasal
  • Aumentar a libido
  • Melhorar a coceira e as feridas na pele em caso de psoríase
  • Estimular a digestão
  • Favorecer a perda de peso, pois acelera o metabolismo

2. Contém vitaminas e minerais

Por ser consumidas apenas em pequenas quantidades, sua contribuição para a ingestão diária de vitaminas e minerais é pequena. Ainda assim, nela você encontra:

  • Vitamina B6: Que desempenha um papel importante no metabolismo energético
  • Vitamina A: A pimenta é rica em beta-caroteno, que o organismo converte em vitamina A
  • Potássio: Esse mineral essencial atua em uma variedades de funções, como reduzir o risco de doenças cardíacas quando consumida em quantidades adequadas
  • Vitamina C: Este antioxidante é muito presente na pimenta, ajudando na cicatrização de feridas e na função imunológica do corpo
  • Vitamina K1: Também conhecida como filoquinona, essa vitamina é importante para a coagulação dos ossos e sangue, além de manter os rins saudáveis
  • Cobre: O cobre é um oligoelemento importante para ossos fortes e neurônios saudáveis

3. Contém antioxidantes

  • Capsantina: Principal carotenoide da pimenta, responsável pela cor vermelha e propriedades antioxidantes que ajudam no combate ao câncer
  • Ácido sináptico: Esse antioxidante apresenta diversos benefícios à saúde
  • Ácido ferúlico: Um antioxidante que pode ajudar a proteger contra várias doenças crônicas

4. Pimenta alivia a dor

O principal bioativo da pimenta, o alto consumo da capsaicina, pode dessensibilizar os receptores de dor ao longo do tempo. Dessa forma, reduzindo a capacidade de sentir o sabor ardente da pimenta. Além disso, esse bioativo torna esses receptores insensíveis a outras dores, como azia.

De acordo com estudos, pessoas com azia que consumiram 2,5 gramas de pimenta vermelha diariamente apresentaram piora no início do tratamento de cinco semanas, mas melhora com o tempo.

No entanto, o efeito de dessensibilização não é permanente, um estudo indicou que esse efeito foi revertido entre um e três dias após a interrupção do consumo de capsacina. Portanto pimenta não é remédio. Sempre procure um médico!

5. Auxilia na manutenção do peso

Alguns estudos mostraram que a capsaicina pode promover a perda de peso, diminuindo o apetite e aumentando a queima de gordura. Cerca de dez gramas podem aumentar significativamente a queima de gordura.

Além disso, o bioativo pode diminuir a ingestão de calorias. Um estudo realizado em 24 pessoas que consumiam pimenta regularmente, descobriu que ingerir capsaicina antes da refeição leva a uma menor ingestão calórica.

Porém a pimenta não é muito eficaz sozinha. Além disso, a tolerância aos efeitos da capsaicina pode ser desenvolvida ao longo do tempo, diminuindo sua eficácia.

6. Aumenta a longevidade

De acordo com uma pesquisa chinesa, o consumo regular de comida picante, como pimentas, está associado a até 14% de redução do risco de morte. Os pesquisadores também examinaram as dietas de quase 500 mil pessoas na China por mais de sete anos e concluíram que indivíduos que consumiam a pimenta em um ou dois dias da semana tinham um risco de morte 10% menor. Já quem consumia tais alimentos em três dias da semana, apresentavam 14% mais baixo.

Ainda de acordo com a análise, os chineses que consumiam pimentas frescas em vez de secas, tendiam a ter um menor risco de morte por câncer, doença isquêmica do coração e diabetes.

Como usar os diferentes tipos de pimenta?

Variando de acordo com a região em que são produzidas, o tamanho, a cor e a força são diferentes para cada espécie. A lista a seguir consta a ardência da pimenta entre 0 e 7. Quanto mais próximo do 7, mas forte é a pimenta.

  • Malagueta e Cumari: Usadas para temperar feijoada, carnes, acarajé, bolinhos e etc. Picância 7
  • Cambuci e americana: Pimentas doces, muito utilizadas em recheios, grelhados e assados. Picância 0
  • Fidalga: Usada como tempero em peixes, marinadas de legumes e comidas em conservas. Picância 4
  • Pimenta-de-cheiro: Indicada no tempero de peixes, crustáceos, frangos, risotos etc. Picância 3
  • Dedo-de-moça: Usada em molhos e picles. Picância 6
  • Pimenta-do-reino: Pode ser usada como tempero em vários tipos de pratos. Picância 1-2

Mas, atenção: apesar dos benefícios à saúde, o uso excessivo de pimentas pode causar irritação no intestino e piorar os sintomas de úlcera, gastrite e hemorroidas.