Divulgação de campanha BIA Bradesco
Foto: Divulgação/Bradesco

Esta semana, o Banco Bradesco anunciou mudanças nas respostas da BIA, a inteligência artificial de interação com clientes. As alterações foram determinadas com o objetivo de combater o assédio e violência de gênero direcionadas – isso mesmo – para o robô.

A ação também faz parte da participação do Bradesco no movimento “Hey, Update My Voice”, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Esse projeto também busca combater as violências contra inteligências artificiais e assistentes virtuais que possuem personas femininas, como a Siri da Apple, e a Alexa, da Amazon.

“A BIA não é uma mulher real, ela é uma inteligência artificial, mas também sofre assédio, e isso acontece porque ela é composta por elementos femininos”, declarou a empresa. “Assim a violência também é baseada no gênero. A omissão a esse tipo de ofensa só colabora para que o assédio seja visto como algo natural”, completou o comunicado.

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Sem passar pano

A partir de agora, as respostas da BIA serão incisivas e firmes quando forem feitos comentários abusivos para o sistema. “A BIA quer enfrentar o assédio, propondo uma mudança na maneira como as mulheres são vistas em nossa sociedade”, diz a descrição da campanha publicitária do banco.

No vídeo de lançamento da mudança, o Bradesco esclarece que sua Inteligência Artificial vinha recebendo ofensas e até mesmo investidas sexuais dos usuários.

Em um dos exemplos, BIA é chamada de imbecil. Até então, a resposta padrão era “Não entendi, poderia repetir?”. Agora, BIA responde “Essas palavras são inadequadas, não devem ser usadas comigo e com mais ninguém”, em tom firme.

Além disso, o Bradesco também disponibilizou em seu site uma plataforma para falar sobre assédio sexual e moral. A página também orienta mulheres sobre como agir caso sejam vítimas destes crimes.

Veja o vídeo da campanha: