Mãos femininas mexendo em WhatsApp.
Foto: Canva

O WhatsApp, um dos aplicativos de mensagens mais populares do mundo, iniciou nesta segunda-feira (16) a veiculação de anúncios no Status e a liberação de canais com conteúdo pago. A novidade marca uma mudança histórica na estratégia da plataforma, que até então rejeitava a presença de publicidade direta em seu ambiente.

Anúncios no Status: como vão funcionar

A propaganda será exibida dentro da aba “Atualizações”, na área chamada Status, semelhante aos Stories do Instagram. Os anúncios aparecerão entre as postagens dos contatos do usuário, como já ocorre em outras redes sociais da Meta, como Facebook e Instagram.

Apesar da mudança, o WhatsApp garante que as conversas permanecerão livres de anúncios. O conteúdo das mensagens não será usado para segmentação de publicidade, conforme enfatizou o chefe global da plataforma, Will Cathcart:

“Não podemos segmentar anúncios com base no que você diz ou em quais amigos você envia mensagens. Os anúncios serão baseados em como você usa a aba ‘Atualizações’”, explicou.

Segmentação com base em dados básicos

A segmentação dos anúncios será feita com base em informações como:

  • Canais seguidos e interações com anúncios;
  • Tipo de dispositivo e modelo do celular;
  • Conexão à internet;
  • Localização geral (país e cidade);
  • Preferências de outras plataformas da Meta, se a Central de Contas estiver ativada.

Esses dados, segundo a empresa, são considerados “informações muito básicas”. A Meta também informa que o número de telefone dos usuários não será vendido nem compartilhado com anunciantes.

Conteúdo pago nos canais: nova monetização para criadores

Outra grande novidade é a liberação, em fase inicial, de assinaturas mensais para canais. O recurso, que será implementado gradualmente, permitirá que administradores cobrem pelo acesso a conteúdos exclusivos.

O pagamento será processado pelas lojas de aplicativos da Apple e Google, que retêm uma parte da receita. A Meta informou que também poderá reter até 10% do valor arrecadado com as assinaturas no futuro.

“Administradores estão expandindo seus canais e pensam neles como um negócio. Queremos oferecer mais ferramentas e, para alguns criadores de canais, a assinatura paga fará sentido”, afirmou Cathcart.

Medidas contra conteúdo ilegal

Com a introdução da monetização, o WhatsApp promete reforçar o monitoramento de conteúdo e combater o uso indevido da plataforma para a veiculação de materiais ilegais. Segundo a empresa, haverá processos específicos para garantir que os administradores estejam em conformidade com as diretrizes da plataforma.

“Trabalharemos arduamente para tentar impedir que alguém faça uso indevido do sistema”, garantiu o executivo.

Potencial de receita e mudança estratégica

Com mais de 3 bilhões de usuários ativos por mês, sendo que 1,5 bilhão acessa a aba “Atualizações” diariamente, o WhatsApp representa uma nova e poderosa fonte de receita para a Meta. A empresa enfrenta atualmente investigações antitruste nos EUA e busca diversificar suas fontes de monetização.

Até então, a monetização da plataforma vinha principalmente de serviços para empresas, com estimativas de receita entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão por ano.

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