Vista panorâmica da Serra do Japi
Maior parte da Serra do Japi está concentrada no município de Jundiaí. (Foto: Reprodução/Prefeitura Municipal de Jundiaí)

Uma área de 75 mil metros quadrados localizada na região da Malota, na divisa com a Reserva Biológica da Serra do Japi, foi desapropriada pela Prefeitura de Jundiaí com o objetivo de assegurar a preservação da mata nativa. De acordo com a Unidade de Gestão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (UGPUMA), o investimento foi de, aproximadamente, R$ 265 mil.

“Vamos evitar qualquer possibilidade de ameaça à proteção da serra. A aquisição desta área ocorre em um momento oportuno e muito conveniente, e visa a preservação da Reserva Biológica da Serra do Japi”, destacou Sinésio, gestor da Unidade.

O processo de desapropriação faz parte de uma das medidas realizadas pela Prefeitura para garantir a preservação da Serra do Japi. O decreto, aprovado em setembro, vai de encontro a um projeto de lei aprovado em 2016 pelo prefeito Luiz Fernando Machado, que suspende por mais 10 anos as construções na Área de Gestão da Serra do Japi.

“A medida impede que sejam expedidas autorizações para a construção de casas, indústrias e instalações rurais em toda a extensão da serra no município”, afirma o prefeito.

Reconhecida pela UNESCO

A Serra do Japi representa 7% dos remanescentes de mata atlântica no Brasil. Além de uma rica biodiversidade em fauna e flora, ela ganha destaque pela sua riqueza hídrica, por isso, ganha o nome de “Castelo de Águas”, dada por naturalistas europeus.

Considerada “Reserva da Biosfera da Mata Atlântica” pela Unesco, a Serra do Japi está presente em Jundiaí, com 91,4 km² (47,67% do total), em Cabreúva, com 78,9 km² (41,16%), em Pirapora do Bom Jesus, com 20,1 km² (10,49%) e em Cajamar, com 1,3 km² (0,68%).

Dos 350 quilômetros quadrados, 191,7 km² foram tombados pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat).

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