
A Prefeitura de Jundiaí, por meio da Unidade de Gestão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (UGPUMA), anunciou a desapropriação de uma área de 75 mil metros quadrados na região do bairro Malota, na divisa com a Reserva Biológica da Serra do Japi.
De acordo com o gestor da UGPUMA, Sinésio Scarabello Filho, o investimento na área foi de cerca de R$ 265 mil. O processo de desapropriação foi concluído com o decreto de utilidade pública de setembro.
A iniciativa foi tomada para “evitar qualquer possibilidade de ameaça à proteção da serra”. A aquisição da área foi feita com objetivo de manter a preservação da Reserva Biológica da Serra do Japi, segundo Sinésio.
O prefeito Luiz Fernando Machado aproveitou a ocasião para destacar o projeto de lei que suspende por mais 10 anos as construções na área de gestão da Serra do Japi. “A medida impede que sejam expedidas autorizações para a construção de casas, indústrias e instalações rurais em toda extensão da serra no município”, explicou.
O patrimônio ambiental da região de Jundiaí é um raro remanescente de Mata Atlântica no interior paulista, segundo especialistas, com detentora de 7% de remanescentes da formação original do bioma da Mata Atlântica do Brasil.
A Serra do Japi fica entre Jundiaí, Cabreúva, Pirapora do Bom Jesus e Cajamar, estendendo-se por 350 quilômetros quadrados. Desse total, 191,7 km² foram tombados pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat).
As áreas tombadas nos vários municípios são: Jundiaí, com 91,4 km² (47,67% do total), Cabreúva, com 78,9 km² (41,16%), Pirapora do Bom Jesus, com 20,1 km² (10,49%) e Cajamar, com 1,3 km² (0,68%).