
O cantor e compositor Genival Lacerda morreu, nesta quinta-feira (7), aos 89 anos, após ter complicações da Covid-19. A informação da morte foi confirmada pelo filho de Genival, João Lacerda.
O artista estava internado em um Hospital Unimed, em Recife, desde o dia 30 de novembro. Por causa do diagnóstico positivo para Covid-19, foi levado para a UTI.
No dia 26 de maio de 2020, Genival Lacerda sofreu um Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVC), e deu entrada no Hospital D’Ávila, também na capital pernambucana. Depois de se recuperar, teve alta após três dias da internação.
Carreira
Genival Lacerda se tornou um ídolo popular e grande nome do forró, com sua carisma e irreverência. Em seus 64 anos de carreira, ficou conhecido em todo o Brasil e era símbolo da cultura nordestina.
O cantou nasceu no dia 5 de abril de 1931, em Campina Grande, na Paraíba. Trabalhou como radialista, mas sua primeira gravação como cantor aconteceu quando já morava em Recife.
Assim, seu primeiro disco foi gravado em 1956. Depois disso, gravou muitos outros álbuns e começou a ficar conhecido em todo o Nordeste. Se mudou para o Rio de Janeiro em 1964, e a consagração nacional chegou em 1975, com “Severina Xique Xique”.
O refrão da música, “ele tá de olho é na butique dela”, virou sua marca registrada em todo o país. Em seguida, foram criados outros sucessos como “Radinho de pilha”, Mate o véio” e “De quem é esse jegue”.
Desde os anos 90, voltou a viver em Recife, e não tinha novos sucessos nos últimos anos. Ainda assim, continuava conhecido popularmente e manteve um ritmo de shows.
Além disso, em 2017, recebeu a medalha de Ordem do Mérito Cultural no Palácio do Planalto. Durante a cerimônia, Genival entregou seu chapéu estampado de bolinhas ao então presidente Michel Temer.