Jundiaí perde Ecio Lucatto, o motoboy "gente boa"

Para ele, nunca havia tempo ruim. Estava sempre sorrindo, tinha sempre uma palavra de conforto para oferecer, principalmente naquelas horas mais difíceis. Casado e pai de dois filhos, Ecio Nogueira Lucatto, 42 anos, era motoboy e tinha muito orgulho da profissão. Internado com Covid19, ele não resistiu à doença e faleceu no final da noite dessa segunda (15).

Conhecido pela maioria dos profissionais do motofrete de Jundiaí e toda a região, Ecinho – como era chamado pelos amigos e familiares – ensinou muitos jovens, atuou em vários segmentos do comércio delivery. O sorriso fácil e a ajuda para aqueles que estivessem precisando de auxílio eram marcas registradas. Nem mesmo as dificuldades do dia a dia o abatiam. Por isso, era conhecido também como o “motoboy gente boa”.

Na infância e adolescência, morou no Jardim Danúbio e frequentou as escolas estaduais Ana Pinto Duarte Paes, na Ponte São João, e Cecília Rolemberg, na Vila Rio Branco.

família ecinho
Sempre sorridente, Ecio tinha a família como o seu porto seguro (Foto: Arquivo Pessoal)

Corintiano roxo, gostava de brincar com os rivais quando o time do coração vencia. Adorava passear com os filhos e a esposa, estar com os familiares, viajar de moto e curtir uma praia. Na religião, ele sempre procurou ajudar as pessoas, com conselhos e orações.

Homenagens

No Facebook, dezenas de amigos e familiares fizeram questão de prestar a última homenagem. “A vida é um sopro. Tive a honra de te conhecer, obrigado por ter me ensinado metade do que sei nas ruas. Motoboy raiz! Eu não tenho palavras, apenas tristeza”, escreveu Nathan Ferrari.

“Os motoboys de Jundiaí e região perderam um grande amigo. Vá em paz, meu irmão”, publicou João Fernandes, o conhecido Motoboy Xororó.

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“Um homem que transbordava o amor de Deus por onde passava! Há duas semanas, tive o prazer de ouvir seus conselhos. Mesmo sabendo que um dia a vida acaba, a gente nunca está preparado para perder alguém. Que Deus dê força para sua família, meu amigo!”, destacou Renata Imada.

“É meu querido, inacreditável! Meu irmão, quantas boas recordações eu irei guardar… em tão pouco tempo, você se foi. Até qualquer dia, nos encontraremos com Cristo Jesus!”, escreveu a prima, Glaucia Braz.