
Nesta quarta-feira (2), Neyde Carlos Pereira morreu, de morte natural, aos 85 anos de idade. Neyde foi a primeira advogada de Jundiaí, e na sua juventude foi atleta nos times de basquete e vôlei da cidade, nos anos 1950.
Aos 18 anos de idade, em uma partida de basquete entre Jundiaí e Itatiba pelos 18º Jogos Abertos do Interior, Neyde fez a primeira cesta da história do Complexo Esportivo Nicolino de Lucca (Ginásio do Bolão). Em 2013, 60 anos depois da primeira cesta, Neyde voltou ao Bolão, local da cesta histórica.
“Eu marquei 26 pontos neste jogo. Nós vencemos, mas não lembro de quanto. O ginásio estava lotado. Meu pai (Francisco) nunca tinha frequentado um ginásio e me recordo que ele ficava gritando para as minhas colegas passarem a bola para mim”, lembrou na ocasião, emocionada. “Quando eu venho aqui no Bolão, um filme passa na minha cabeça.”
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Quando jogadora, recebeu o apelido “Ponce de Leon”, inspirado no jogador do time do Palmeiras da época. “Como era ruivo e tinha sardas, assim como eu, começaram a me chamar assim e pegou”, comentou em 2013.
A advogada era um símbolo do movimento feminista e foi percussora de caminhos importantes para as mulheres em Jundiaí.
Além das carreiras no esporte e no direito, ainda foi pianista, concertista, e formada em canto. Também trabalhou por muitos anos no Sesi e teve um restaurante, icônico na cidade, chamado “Arroz, Feijão e Companhia”. Neyde deixa sua filha Mazinha Peixoto e seu neto Matheus Peixoto.