
Alegria, simplicidade e compaixão. Assim os amigos e familiares descreveram Vinicius Nicola Zane, 23 anos, que faleceu domingo (14) depois de lutar contra a Covid19. O Vini, como era chamado, trabalhava com o pai, era músico da Paróquia São José Operário, no Retiro, e integrante da Orquestra Jundiaiense de Viola Caipira.
De acordo com a prima, Léticia Pissinato, o rapaz era a base da família. “Ele foi muito esperado por todos, pois é o único neto homem do seo Adenir, da dona Célia e da dona Lurdes. Ele sempre trouxe muita alegria para todos”, contou.
A característica mais marcante do jovem era a alegria. “Vinicius jamais deixou de demonstrar alegria. Tinha muito amor pela sanfona, tocava na Paróquia São José Operário e na Orquestra de Viola com o avô Adenir. Foi para a Jornada Mundial da Juventude, conhecer o Papa e jamais demonstrou tristeza ou desânimo”, contou Letícia.

Internado há 15 dias, Vinicius lutou contra o vírus enquanto familiares e amigos se uniam ainda mais. “Foram mais de 100 pessoas rezando todos os dias pela recuperação dele. O Vinicius foi exemplo também na fé, pois conseguiu unir todo mundo. Ele nunca deixou de sorrir, em nenhuma situação”, lembrou a prima.
Quando ficou doente, segundo Letícia, ninguém imaginava que uma tragédia pudesse acontecer. “Ele sempre foi muito forte. A mãe dele lembrou que ele só esteve no hospital quando nasceu e agora, por causa da Covid”.
Emocionada, ela ressaltou que Vinicius sempre será a base da família. “O legado que ele deixa é de amor, cuidado, respeito ao próximo. Nunca pensou duas vezes em parar o que estava fazendo para ajudar o próximo. Era o melhor amigo do pai, do avô, dos tios e primas”.
Dom
Para o amigo Evair Cirino, Vinicius era um exemplo. “Uma pessoa sempre alegre, divertida e que fazia todos sorrir. Ele tinha um dom fora do normal para a música, tocava todos os instrumentos e amava fazer isso. Em todo lugar que chegava, animava o ambiente”.

A solidariedade e o cuidado com os amigos também foram lembrados por Evair. “Foram muitos projetos, conversas, viagens juntos… a perda é muito grande, difícil até de acreditar. Mas Deus sabe de todas as coisas. De lá de cima, tenho certeza de que ele vai continuar cuidando de todos nós, como sempre fez”.
Abalado com a morte do amigo, Evair fez um apelo a todos: “Cuidem de quem vocês amam, de quem está do seu lado porque a Covid não é brincadeira. Desejo força à família em nome de todos os amigos e que se lembrem dele, sempre sorrindo”.
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