
O ex-diretor da Petrobras, primeiro delator da Lava Jato e engenheiro Paulo Roberto Costa, morreu no último sábado (13), aos 68 anos, vítima de um câncer.
Paulo Roberto foi condenado a cerca de 70 anos de prisão nos processos sobre a Lava Jato, no Paraná. O engenheiro respondia o processo em liberdade por causa dos acordos de colaboração firmados com a Justiça.
Paulo Roberto Costa foi preso junto em março de 2014, quando a Operação Lava Jato foi deflagrada. Dias depois, conseguiu um habeas corpus da Justiça, mas voltou a ser preso.
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A delação
Depois de meses preso, o engenheiro decidiu colaborar com as investigações e detalhou como funcionava o esquema.
Foi logo após os seus depoimentos que os policiais desvendaram como funcionava a distribuição de recursos desviados da Petrobras.
Empreiteiras que mantinham contratos com a estatal superfaturavam os valores dos serviços que prestavam, por meio de contratos aditivos às obras.
Parte dos valores do superfaturamento era usado para pagar propina a diretores da Petrobras e também para abastecer o caixa de partidos políticos, no caso o PT, PMDB e PP.