O adeus a Flávia Fernandes: jornalismo jundiaiense está de luto

Flávia Fernandes era daquelas jornalistas “desbocadas”. Falava em “Caps Lock” e com sotaque de interior.

Sua voz, marcante, dava pra reconhecer à distância. Tão marcante quanto a sua presença, sempre pra lá e pra cá com seu salto alto.

A loira de olhos azuis conquistava pela simplicidade, amizade e riso fáceis. Não tinha tempo ruim com ela.

Fez carreira na imprensa da cidade, figurinha carimbada na primeira emissora de Jundiaí, a TV Educativa, da qual praticamente ajudou a fundar, nos anos 1990.

Ancorava o jornal da noite e fazia reportagens de rua também. Depois, deu o seu recado em emissoras maiores até virar a inseparável parceira de Verci Bútalo, a presidente do Grendacc (Grupo em Defesa das Crianças com Câncer), no comando da assessoria de imprensa da instituição.

Ajudou a contar histórias maravilhosas de superação de inúmeras crianças que venceram esta doença maldita.

Pois foi justamente o câncer, que triste ironia, que tirou a vida da Flavinha neste dia 16 de julho de 2020, aos 45 anos.

Ela lutou bravamente. Mas, Deus não poderia permitir que sofresse mais tanto. E a levou.

Em meio a essa pandemia louca, em que as pessoas não podem sequer se abraçar, Flavinha recebeu os carinhos à distância, as correntes de oração e o pensamento positivo das pessoas que sabem: ela foi uma pessoa extraordinária!

Este é o tipo de pauta que nenhum de nós gostaríamos de cumprir: escrever sobre a morte de uma colega.

Ficam os sorrisos, as lembranças, as bagunças nas redações pelas quais ela passou…

Todos os seus amigos ainda estão muito chocados, Flavinha. Você foi muito cedo. Como pode?

Só podemos orar e desejar profundamente que você fique bem ao lado Dele e que a sua família tenha forças para seguir adiante. Estamos todos na torcida por vocês!