Abandono de animais cresce durante a pandemia
Foto: Arquivo Pessoal

Durante a pandemia do novo coronavírus, o número de animais abandonados cresceu muito em 2020. Por isso, ONGs como o projeto “Pracinha dos Dogs”, em Jundiaí, são tão importantes para a proteção destes animais.

A iniciativa do projeto partiu de Sara Penteado, com o objetivo de resgatar os animais abandonados na cidade. De acordo com a professora, ela sempre quis “fazer a coisa certa”. Por isso, passou a dividir seu tempo entre os animais resgatados, o trabalho e a casa.

Mas, o que começou como uma pequena ação solidária, se transformou em um grande projeto em Jundiaí. Só em 2020, a “Pracinha dos Dogs” resgatou 67 filhotes de cães e 10 mães. Em geral, os animais estavam com sinais de abandono e em situações críticas. Atualmente, o projeto atende 74 animais que estão abrigados e 34 em lares temporários.

Adoção responsável

De acordo com Sara, na pandemia os abandonos cresceram, principalmente com animais que já haviam sido resgatados das ruas antes. Com isso, a protetora destaca a importância de uma adoção consciente e responsável, em que se deve tratar o cachorro ou gato adotados como parte da família.

“Ele não é um descarte. Não é um móvel que se pega, usa e descarta porque ficou obsoleto dentro do espaço”, diz.
Na ONG, os animais são castrados e recebem cuidados especiais mesmo depois de adotados. Os responsáveis acompanham a adaptação entre o animal e a nova família de perto. O projeto de Sara não trabalha com feiras de adoção, mas com lares temporários.
No ano passado, através de parcerias com clínicas veterinárias da região, foram castrados mais de 280 bichinhos por meio da “Pracinha dos Dogs”.
Como um exemplo de resgate, Sara conta o caso de Perla, uma golden retrivier que era usada para se reproduzir clandestinamente. De acordo com Sara, quando os filhotes nasciam na cor preta, os criminosos os jogavam no rio para morrer. Enquanto isso, os filhotes brancos eram vendidos.

“O grande problema é as pessoas comprarem animais e não os castrarem. Falta consciência, falta responsabilidade”, diz. Agora, com o aumento dos abandonos na pandemia, a ONG está lotada, mas Sara continua na missão de conseguir um novo lar para os animais. “Acho que, com um pouco de amor, fé, paciência, você consegue doar o animal de forma honesta e com respeito”, finaliza.

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Com informações do G1.