Um vídeo em que uma cadela vira-lata chama o elevador do prédio em Fortaleza e, em seguida, desce para a área de lazer viralizou nas redes sociais. A cena já aconteceu diversas vezes e foi registrada pelas câmeras de segurança do prédio. A tutora de Cora disse ao G1 que a cadela costuma fazer isso quando está sozinha, já que não gosta de ficar sem ninguém no apartamento.

Nas imagens, Cora aparece chamando o elevador do prédio. Enquanto não chega, ela senta e espera. Segundos depois, rapidamente, a cadela entre, desce e vai brincar na área de lazer do condomínio.

“A Cora foi adotada em São Paulo. A gente adotou ela. Ela foi jogada no lixo filhote ainda. Ela tem um perfil muito apegada, de ficar perto, e ela nunca suportou o fato de ficar só. Dentro de casa ela é super comportada, super quieta, educada. A Cora nunca deu trabalho para a gente de destruir nada, de fazer coisa errada, nunca. O problema é que ela nunca suportou ficar sozinha”, conta Eugênia.

A primeira vez que Cora chamou o elevador foi há dois anos, quando os tutores estavam fora de casa; o porteiro ligou perguntando se eles estavam em casa e avisou que a cadela havia descido sozinha pelo elevador. “A gente estava jantando na casa de uns amigos, e o elevador daqui de casa abre dentro de casa, então o porteiro ligou para a gente, era umas 23h30, e disse: ‘Oi, dona Maria. A senhora está em casa?’. Eu disse que não. Ele disse: ‘é que a Cora desceu aqui pelo elevador e está aqui na portaria, eu vi ela no rol social’. Eu dei um pulo, eu não acreditava. E aí a gente foi correndo para casa, pegamos ela e ficamos assim meio extasiados. E isso veio a acontecer mais vezes. Umas três, quatro vezes ainda, isso aconteceu”, disse Eugênia.

Depois que aprendeu sozinha a chamar o elevador, Cora passou a repetir a situação quando estava sozinha no apartamento. Para evitar que a cadela descesse, os donos chegaram a colocar móveis e objetos na frente da porta para impedir que ela abrisse, mas mesmo assim Cora conseguiu.

Eugênia conta que percebeu o nível de inteligência de Cora quando ela ainda era filhote, quando aprendeu sozinha a abrir o trinco das portas do apartamento onde mora. “O primeiro sinal que eu percebi do nível de inteligência dela foi ela ainda filhote, no primeiro réveillon que ela passou aqui, ela ficou na casa da mamãe, a gente tinha saído, e quando eu cheguei, todas as portas da casa que eu tinha deixado fechadas, estavam abertas. Eu achei muito esquisito. Peguei, coloquei uma castanha no quarto e fechei a porta. Disse: ‘Cora, pega!’. Aí ela pegou, ficou em pé, baixou o trinco da porta e pegou a castanha”.