Era uma manhã escura e sombria quando Donna Lochmann, chefe de resgate da ONG animal Stray Rescue of St. Louis, respondeu a uma denúncia sobre um cachorro de rua que precisava de ajuda. Donna vasculhou as ruas da cidade em busca do cão, mas logo foi distraída por um movimento em cima de uma pilha de lixo próxima.

“Vi algo se movendo com o canto do olho. Pisei no freio do carro para ver mais de perto um enorme monte de lixo”.

A dedicada socorrista poderia jurar que tinha visto um cachorro pendurado na pilha de lixo. Ela pensou que ele poderia ter fugido até que seus olhos se desviaram para uma parte diferente do monte. “Então, de repente, eu o vi”, escreveu Donna. “Havia um cachorro encolhido, deitado entre sacos de lixo. Com sua cor escura, ele se misturou perfeitamente.”

Donna se assustou com a presença do cachorro e ficou ainda mais surpresa com seu comportamento. Ela se aproximou dele com cuidado, preparando-se para que ele se afastasse com medo. Infelizmente, ele estava com o coração partido demais para se mover.

“Ele não se levantou e correu. Na verdade, ele fez o contrário. Ele simplesmente ficou deitado. Ele nem sequer levantou a cabeça até que eu estivesse quase ao lado dele. Então, pude ver seus olhos vazios e solitários olhando de volta para mim.”

O cachorro estava deprimido e sem esperança

O pobre cachorrinho estava perigosamente magro, e Donna podia dizer, olhando para sua caixa torácica proeminente, que ele não recebia cuidados há meses. “Ele tinha aquele olhar que me dizia que havia desistido completamente. Ele deitou a cabeça de volta, esperando que eu fosse embora, como todos os outros humanos em sua vida haviam feito”.

Ela colocou uma coleira em sua cabeça, mas o cachorro não se mexeu. Então, ela lhe deu uma mãozinha. “Eu me abaixei, peguei-o em meus braços enquanto falava gentil e tranquilizadoramente com ele”, escreveu Donna. “Eu o carreguei de volta para o carro e coloquei cobertores. Ele se enrolou de novo, exatamente como fez no monte de lixo.”

Lochmann se apaixonou pelo filhote enquanto dirigiam para a sede da ONG e rapidamente decidiu o nome perfeito para ele. “Eu o batizei de Kismet, que significa ‘Destino’”, escreveu a mulher. “Não acredito que o encontrei naquela manhã escura e cinzenta. Teria sido tão fácil não vê-lo.”

Kismet foi para o lar adotivo alguns dias depois e se iluminou quando entrou em sua nova casa. Sua adorável tutora adotiva, Nikki, mal podia esperar para recebê-lo em casa. Ela seguiu o plano de tratamento do cachorro, acrescentando alguns beijos extras para dar sorte, e o doce menino logo começou a se desenvolver.

“Ele está indo muito bem”, escreveu Nikki. “Ele está ganhando peso (eba!), começou a abanar o rabo e adora dar beijos. Ele dorme muito em qualquer superfície macia que possa encontrar.”