
Inúmeros estudos científicos indicam que a convivência com um animal de estimação pode impactar positivamente a saúde cardiovascular de seus responsáveis. Desta forma, nada mais justo que retribuir com um gesto de carinho e cuidado, zelando pelo bom funcionamento cardíaco dos nossos pets.
Buscando informar os tutores e médicos veterinários sobre os sintomas, métodos de prevenção e tratamento das doenças cardíacas que afligem cães de diversas idades, portes e raças, a campanha Setembro Vermelho, idealizada pela Elanco Saúde Animal, chega à sua edição de 2019 com o foco na conscientização sobre a importância de se fazer exames regulares e manter um acompanhamento veterinário especializado.
Com o aumento da expectativa de vida dos cães, as doenças cardíacas têm se tornado cada vez mais comuns. No entanto, a detecção precoce e um tratamento adequado podem garantir uma vida mais longa, saudável e feliz aos animais.
De acordo com a médica veterinária e presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia Veterinária (SBCV), Lilian Caram Petrus, as principais enfermidades identificadas nos consultórios, responsáveis por boa parte dos casos de insuficiência cardíaca em cães, são a Doença Mixomatosa e a Cardiomiopatia Dilatada – esta última com uma menor frequência.
A especialista explica que mudanças repentinas de comportamento dos cães, como intolerância aos exercícios, cansaço, tosse, falta de ar e desmaio, podem indicar algum tipo de problema.
“Nesses casos, a tosse parece um engasgo e a falta de ar pode ser identificada por uma respiração mais ofegante, principalmente em repouso. O tutor percebe que o cão está desconfortável”, diz a veterinária.
Idade, porte e raça
Embora os cães idosos e de pequeno porte sejam mais propensos, a doença cardíaca também pode afetar cães de médio e grande porte. O risco aumenta a partir dos cinco anos de idade e a frequência cresce conforme a idade avança. Por isso, realizar check-ups periódicos com um médico veterinário é imprescindível.
Segundo Lilian Caram, a mixomatosa é de progressão lenta e começa em cães, em geral, de meia idade. “Muitas vezes esses pacientes se tornam sintomáticos só depois dos 10 anos de idade, na maioria das vezes em raças definidas como o Poodle, o Maltês, Lhasa Apso, Yorkshire Terrier e Shih Tzu, isso devido ao caráter hereditário da patologia”, diz.
Já no caso da cardiomiopatia dilatada, a veterinária destaca que a doença acomete também cães de médio e grande porte, principalmente machos da raça Cocker Spaniel.
Tratamento e rotina
Se for constatado sopro ou qualquer anomalia no coração do animal, ele precisará de exames mais detalhados. O tratamento precoce é essencial, pois uma eventual progressão pode trazer complicações que podem se tornar fatais.
Em relação ao tratamento, a presidente da Sociedade Brasileiras de Cardiologia Veterinária afirma que o ativo pimobendana – um dos princípios ativos do Fortekor™ Duo, da Elanco – é um dos medicamentos mais utilizados no tratamento desses cães, além de diuréticos e vasodilatadores, dependendo dos sintomas apresentados pelo animal.
A especialista destaca ainda a importância de o tutor evitar mudar a rotina desses pacientes, mas respeitando sempre seus limites.
“O cão também não pode perder peso. Mesmo com a indicação de se reduzir a quantidade de sal da dieta, o que é comum em cães cardiopatas, é preciso que ela seja palatável para ele se manter alimentado e interessado em comer.”