
Fofinho ficou conhecido nacionalmente após levar quatro facadas para defender a dona que estava sendo ameaçada pelo marido, em Coração Jesus, Minas Gerais. Nesta terça-feira (27), os policiais Valmintas Souza e Diego Garcia puderam levar o cachorro herói de volta para a dona, após se recuperar dos ferimentos. “Um reencontro emocionante”, comentaram os cabos.
No dia do ataque, o cachorro entrou na frente da dona e, após atingir o cachorro, o marido fugiu, mas foi preso depois de 18 horas de buscas ininterruptas. Os policiais foram acionados, e contam que a tutora de Fofinho tem cegueira parcial e ficou na sala da casa.
“Ficava desesperada ao ouvir que o cachorro estava ferido”, contam os policiais, que se mobilizaram para resgatar o cachorro, assim que perceberam a gravidade da situação. Para receber ajuda, divulgaram o caso nas redes sociais, que virou uma corrente de solidariedade rapidamente.
Estado era grave
O veterinário Caio Santos Rabelo, de Montes Claros, em MG, ouviu a história através de uma vizinha, e se ofereceu para atender Fofinho. Assim, o cabo Souza e sua esposa levaram o cachorro pelos 72 quilômetros até o especialista. De acordo com ele, o cão estava debilitado e bem fraco.
No dia do atendimento, Rabelo deu uma entrevista ao G1, para detalhar a situação de saúde do cão herói. Segundo ele, mais algumas horas sem socorro e Fofinha não teria resistido. O cachorro tinha derramamento de fezes no abdome, o que poderia causar uma infecção e até a morte.
“O cachorrinho deu entrada com lesões múltiplas, sendo duas perfurativas graves, uma a nível de tórax e a outra no abdome”, explicou. O veterinário citou a recuperação da capacidade locomotora como o maior desafio. Assim, Fofinho passou por uma laparotomia exploratória, para a limpeza e o fechamento dos ferimentos no abdome. Além disso, o cão fez exames e recebeu medicamentos.

Não há lugar melhor que o lar
No retorno de Fofinho para casa, os oficiais entenderam o ato heroico de Fofinho. “Ele chegou e já foi indo para o colo dela. O cão a defendeu a custo da própria vida”, conta o cabo Souza.
“Quando chegamos na residência dela, ela abraçou o cachorrinho, que já foi entrando e circulando no quintal. Nossa missão é essa”, completa o cabo Garcia.
De acordo com os policiais, surgiram muitas pessoas pedindo para adotar Fofinho, mas “o melhor lugar que ele pode estar com certeza é ao lado dela”, conclui o agente Valmintas Souza.