Homem abraçando gato com gorro de frio
Foto: Freepik

O inverno está aí e, assim como nós, os pets também sentem os impactos das frentes frias e precisam de cuidados especiais. Alguns dos animais, como os cães São Bernardo e Husky siberiano, têm a pelugem que “foi feita” para climas gelados. Mas essa não é a realidade da maioria dos animais de estimação aqui no Brasil.

“É importante cuidar do bem-estar dos pets não só no verão, mas também nos climas frios. Esses cuidados ajudam a evitar que o animal sinta frio, mas também previnem doenças, como gripe e dermatite animal”, comenta o veterinário Matheus, da clínica Dr. PetZoo, em Jundiaí.

Confira algumas dicas para cuidar do seu animalzinho nos dias frios:

Atenção aos sinais de hipotermia

O animal exposto ao frio por muito tempo pode desenvolver quadro de hipotermia, especialmente cães que tenham dificuldade em termorregulação (conjunto de mecanismos que permitem regular a temperatura corporal interna), como filhotes e animais idosos.

Portanto, fique atento aos sintomas: diminuição da frequência cardíaca, falta de oxigênio, tremores, perda de consciência e rigidez muscular.

“Ao notar qualquer sinal de hipotermia, o tutor deve levar o animal o quanto antes a um veterinário, para realizar os exames e tratamentos necessários”, ressalta Dr. Matheus.

Grupos de risco

Alguns animais têm mais chances de acabar ficando doente no inverno, como animais com problemas crônicos – principalmente ortopédicos e cardíacos – filhotes e idosos. Esses pets precisam de atenção redobrada e quem sabe até um check up no veterinário neste período.

“Animais silvestres e exóticos demoram mais que os convencionais para demonstrar sintomas de que estão doentes”, comenta o veterinário. “Por isso, os tutores devem prestar atenção dobrada e realizar visitas frequentes ao veterinário”, reforça.

Animais exóticos também precisam de cuidados no frio (Foto: Freepik)

Gripe canina

É isso mesmo, assim como nós, os animais também podem ficar gripados, especialmente no clima de inverno. O grande causador da gripe canina é o vírus H3N8, e é altamente contagioso (mas apenas entre os cães).

“Os sintomas são bem parecidos com os dos humanos, como tosse, coriza, espirros e febre. E em animais com a saúde mais frágil, como os do grupo de risco, a gripe canina pode evoluir para uma pneumonia”, explica o Dr. Matheus.

Uma das prevenções para a gripe canina é a vacina, periodicamente. A vacina contra gripe pode ser injetável (aplicada duas vezes ao ano) ou intranasal (apenas uma vez ao ano).

Rinotraqueíte Viral Felina

Os gatinhos também precisam de atenção redobrada neste período. A Rinotraqueíte Viral Felina é uma doença respiratória que também é altamente contagiosa entre os felinos. O animal contaminado pode demonstrar espirros, perda de apetite, inflamação nos olhos, febre, e em alguns casos até corrimento pelo focinho ou pelos olhos.

“Em fase aguda, a rinotraqueíte viral felina pode apresentar até rinite, conjuntivite, úlceras de córnea, secreção nasal, tosse, lesões com crostas no nariz e na face, úlceras na boca, salivação, depressão e febre”.

Assim como a gripe canina, a solução para a doença é a vacina, em geral aplicada entre 45 e 60 dias de vida do gatinho.

Mais fome

No frio, os animais também sentem mais fome naturalmente. Por isso, é aconselhável aumentar no máximo 20% da quantidade de ração do bichinho neste período.

Mas, com mais comida, também é importante se atentar às atividades físicas e exercícios dos animais, para evitar que engordem a ponto de prejudicar sua saúde.

Foto de cachorro
Fique atento à alimentação do pet no inverno (Foto: Envato Elements)

Fonte de calor

Animais exotérmicos, como cobras, lagartos e peixes, não produzem calor e nem têm pelos, como cães e gatos. Por isso, precisam de uma atenção especial e uma fonte externa de calor.

“Para aquário, é utilizado um termostato, que é regulado na temperatura ideal para cada peixe. Para terrários e répteis, pode-se utilizar placas ou pedras de aquecimento”, explica o veterinário.

Já aves possuem uma temperatura corporal de cerca de 42ºC, o que faz com que sejam mais sensíveis a temperaturas baixas. Para esquentá-los, os tutores devem providenciar lâmpadas especiais para as gaiolas, e manter estes animais longe de correntes de ar, como portas e janelas.

Dr. Matheus, da clínica Dr. PetZoo, examinando calopsita (Foto: Arquivo Pessoal)

Banho pode esperar

Você precisa conferir cm o veterinário do seu bichinho a frequência de banho e tosa de cada animal. Mas em tempos de inverno, a recomendação em geral é diminuir essa periodicidade. Assim, com menos banhos, outros cuidados devem ser tomados para garantir a higiene e o bem-estar dos animais.

Alguns exemplos são trocar as cobertas e higienizar as casinhas ou caminhas regularmente, e manter as vasilhas de água e ração higienizados. Nos dias de banho, priorizar períodos mais quentes do dia, e use um secador de cabelo para evitar que seu pet fique molhado por muito tempo. Mas atenção! O secador de cabelo deve ser utilizado com uma distância, para não queimar a pele do animal. Ainda assim, o mais recomendado é levar o animal para tomar banho em um local especializado.

Se mesmo com todos os cuidados seu bichinho apresentar sinais de que não está bem, leve-o ao veterinário. Dessa forma, você garante a saúde e o bem-estar do seu amiguinho em qualquer época do ano.

Os veterinários da Dr. PetZoo atendem na Rua Ernesta Lourencine de Moraes, 27 – Jd São Vicente, em Jundiaí. A clínica conta com profissionais capacitados para atendimento clínico de pets e animais silvestres e exóticos como peixes, répteis, aves e mamíferos em geral.

Entre em contato com o Dr. Matheus pelos telefones (11) 4582-2125 ou (11) 96495-3821 (WhatsApp), e-mail [email protected] e siga as redes sociais da Dr. PetZoo para saber mais sobre os cuidados com seu animal de estimação, pelo @dr.petzoo.

Clínica Veterinária Dr. PetZoo, em Jundiaí
Clínica Veterinária Dr. PetZoo, em Jundiaí – Foto: Divulgação

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