
Você sabia que a natação traz excelentes benefícios para a saúde dos cães? Os benefícios são grande gasto energético, menor impacto nas articulações e nos ligamentos, condicionamento cardiorrespiratório, bem-estar e relaxamento do animal.
Apesar de alguns animais apresentarem afinidade pela prática, com interesse pela água e não aparentando medo ao se aproximar de piscinas, lago ou mar, é necessário levar o cão ao veterinário para realizar um check-up antes de iniciar a natação.
Em entrevista ao portal de notícias G1, o médico veterinário e proprietário do ‘Clube de Cãompo’, Aldo Macellaro Júnior, afirma que a maioria dos cães podem aprender a nadar. No entanto, eles devem estar com a vacinação e vermifugação em dia.
Ainda segundo o profissional, raças como pug e boxer têm dificuldade para respirar devido à sua estrutura, mas isso não os impede de aprender a nadar, porém há a necessidade uma atenção especial para evitar a exaustão física. A prática não é recomendada apenas para animais debilitados, cardíacos e com problemas de pele.
Para inserir seu cachorro na natação, é necessário uma apresentação da atividade aquática, com o auxílio de uma profissional. Caso contrário, ele pode desenvolver fobias.
“Os pets devem entrar na piscina, aos poucos, sem forçá-los. No treinamento, fazemos com que eles se acostumem com a água na parte rasa da piscina, levando-os para perto da borda, molhando o focinho e o corpo. Tudo é feito com muita calma para evitar traumas ou associações negativas”, explicou ao G1.
O veterinário ainda ressalta que só quando o cachorro se sente seguro é que ele é levado para dentro da piscina, mas com o uso de um colete flutuador próprio para cães.
“No início, a tendência é que eles mexam apenas as patas dianteiras e afundem as de trás. O colete ajuda na sustentação do corpo, e faz com que os cães entenda que o sucesso da natação acontece com a boa movimentação dos membros posteriores”, afirmou ao G1.
Cuidados
O animal inexperiente nunca deve ser jogado dentro da água e os tutores nunca devem deixar o cão sozinho na piscina, mesmo que ele saiba nadar. Além disso, é importante a proteção do canal auditivo dos cães, com algodão parafinado.
Outra dica é usar uma coleira peitoral para ter mais controle sobre os movimentos do cachorro. Para não causar acidentes, o especialista informa que o enforcador está banido na natação, “pois o cão pode se enroscar e se afogar ao mergulhar”.
Depois da natação, é fundamental secar bem os ouvidos com algodão ou gazes. A umidade, aliado ao calor, pode favorecer a proliferação de fungos e bactérias no canal auditivo.
O veterinário também recomenda uma ducha de água doce para retirar o cloro e evitar possíveis alergias. Por último, o tutor deve secar bem o animal para não deixar pele e pêlos úmidos.
Fonte: G1