
Manter a vacinação em dia, cuidar da alimentação e adotar medidas de prevenção contra parasitas, como carrapatos, são atitudes essenciais para garantir a saúde e a qualidade de vida dos cães.
Em entrevista ao Tribuna de Jundiaí, o médico veterinário Matheus Moreira, da Clínica Dr. PetZoo, em Jundiaí (SP), explica os principais cuidados que os tutores devem ter com seus pets, abordando temas como vermifugação, higiene, prevenção de doenças como giárdia e displasia, além de orientações para evitar a obesidade canina.
Vacinação e vermifugação: proteção desde filhote
De acordo com o veterinário, a vacinação é fundamental já nos primeiros meses de vida do animal. “O filhote, nos primeiros dias, recebe anticorpos pelo colostro, mas existe um período chamado janela de suscetibilidade, em que ele fica vulnerável a infecções. É nesse momento que precisamos iniciar o protocolo vacinal, a partir dos 45 dias de vida”, explicou.

As vacinas polivalentes, como V8 ou V10, protegem contra doenças graves como cinomose, hepatite canina, parvovirose, influenza e leptospirose. É importante aplicar a vacinação contra a raiva a partir dos quatro meses, com reforço anual. “Mesmo que estudos mostram duração maior dos anticorpos, trabalhamos com reforço anual para garantir a proteção completa”, destacou.
Além das vacinas obrigatórias, há outras opcionais, como a de gripe, indicada principalmente para raças braquicefálicas — pugs, bulldogs e shih-tzus, por exemplo.

Já a vermifugação deve ser feita regularmente. “O ideal é aplicar o vermífugo a cada seis meses e reforçar após 14 dias, para garantir a eliminação dos parasitas adultos e das larvas que se desenvolveram nesse intervalo”, explicou Matheus.
Alimentação e prevenção da obesidade
Outro ponto essencial para a saúde canina é a dieta. De acordo com o veterinário, a alimentação precisa de certo balanço, de preferência com rações super premium, associada a exercícios físicos regulares. “Passeios e brincadeiras evitam o sedentarismo, ajudam a prevenir doenças cardiovasculares, obesidade e até diabetes”, afirmou.
Ele também alerta para o risco de oferecer comida humana sem supervisão. “Petiscos de casa não devem ser dados ao animal. Caso o tutor opte por alimentação natural, é necessário acompanhamento de um veterinário nutricionista para adequar a dieta corretamente”.
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Higiene e cuidados diários
A higiene é outro fator determinante para a saúde dos cães. Durante a fase de filhote, especialistas não recomendam dar banho até as 16 semanas, período de maior vulnerabilidade. “Nessa fase, indicamos a limpeza com pano úmido em água e um pouco de vinagre ou álcool. Após esse período, o banho pode ser em casa ou no pet shop, sempre com atenção para uma boa secagem”, orientou.
Os cuidados também se estendem à saúde bucal. “Raças pequenas devem ter os dentes escovados diariamente; já os cães maiores, a cada dois dias. Isso ajuda a prevenir tártaro, gengivite, perda dentária e até doenças cardiovasculares”, alertou.
Além disso, o ambiente do animal deve estar sempre limpo. Tapetes higiênicos precisam ser trocados diariamente e quintais lavados com desinfetantes adequados, como os à base de amônia quaternária.
Prevenção contra carrapatos, giárdia e displasia
O controle contra parasitas é outro desafio. Atualmente, existem medicações orais que protegem os animais de quatro a doze semanas, além de versões injetáveis com duração de até um ano. Apesar disso, Matheus faz uma ressalva: “Não indico o medicamento de longa duração para todos os cães, pois em caso de reação adversa o controle se torna mais difícil. É mais seguro para animais que já utilizam o produto sem problemas”.
Entre as doenças frequentes, a giárdia é uma das mais comuns. “Os principais sinais são diarreias com muco, sangue ou líquidas, muitas vezes acompanhadas de vômito e dor abdominal. A transmissão ocorre por água ou alimentos contaminados, por isso é fundamental oferecer sempre água filtrada e comida de qualidade”, disse.
Já a displasia coxofemoral preocupa especialmente tutores de cães de grande porte, como labradores e golden retrievers. “É uma alteração articular que causa dor e dificuldade de movimentação. A prevenção começa na escolha do criador, que deve ter certificação livre de displasia. Também é importante evitar que o animal caminhe em pisos lisos e realizar check-ups frequentes para diagnóstico precoce”, orientou.

Check-ups e longevidade
Para garantir uma vida longa e saudável, Matheus recomenda visitas regulares ao veterinário, mesmo na ausência de sintomas. “Exames anuais são essenciais para animais jovens. A partir dos cinco anos, o ideal é que os cães passem por check-ups a cada seis meses, incluindo exames de sangue, imagem e cardiológicos. Isso permite identificar precocemente qualquer alteração e aumentar a longevidade do pet”, concluiu.
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