
O fim do expediente de Aubree Johnson parecia comum, até que algo chamou sua atenção no estacionamento quase vazio onde havia deixado o carro. Em meio ao escuro, ela viu um movimento sob o caminhão estacionado ao lado. Quando se aproximou, percebeu que era uma pequena gatinha malhada, tremendo no frio.
“Quando cheguei ao meu carro, vi [ela] embaixo do caminhão estacionado ao meu lado, se esfregando contra o caminhão”, disse Johnson ao The Dodo.
Aubree nunca havia visto um gato naquele local, muito menos durante uma noite gelada de inverno. Era evidente que o animal precisava de ajuda. Mas, assustada, a gatinha ainda não estava pronta para confiar.
“Eu saí, ela se aproximou de mim e depois passou por baixo do meu carro”, contou.
A paciência que salvou uma vida
Disposta a não desistir, Aubree se agachou ao lado do carro e esperou. O resgate poderia levar tempo, mas ela não arredaria pé enquanto o animal não estivesse seguro. Foram cerca de 15 minutos de aproximação lenta, com idas e vindas, até que a pequena finalmente se rendeu ao carinho.
“Ela finalmente começou a se esfregar na minha perna e me deixou acariciá-la.” Mesmo assim, Aubree ainda tinha receio de como pegá-la sem uma caixa de transporte. Mas bastou considerar o frio intenso para perceber o que a gatinha realmente buscava: proteção e calor.
“Estava muito frio lá fora, então eu abri a porta do meu carro, e ela felizmente pulou comigo”, disse.
Já dentro do carro, mais tranquila, a gatinha ganhou sua primeira foto. Aubree publicou a imagem em páginas locais do Facebook, tentando encontrar algum tutor. Nenhuma resposta apareceu e, depois de meia hora, veio a constatação: “Ninguém estava procurando por ela.”
Um novo começo
Sem ter encontrado alguém que a reivindicasse, Aubree levou a gatinha para casa e, no dia seguinte, ao veterinário. O exame mostrou que ela estava saudável, mas sem microchip. A falta de respostas às postagens só reforçou a suspeita de que não havia uma família por trás daquela história.
Com o coração apertado, mas decidida, Aubree tomou a decisão: “Eu a mantive comigo!” afirmou.
Batizada de Lottie, a gatinha ganhou conforto, comida e o carinho que sempre lhe faltou. No início, ainda demonstrava nervosismo diante das novidades, mas logo se soltou.
“Ela estava com medo de muitas coisas na minha casa, incluindo os brinquedos que comprei para ela, nos primeiros dias. Agora, um mês depois, ela ainda está curiosa, mas a maior parte de seu medo se foi! Ela adora explorar, deitar em mim e fazer biscoitos, comer, brincar e é super vocal!”, contou Johnson.
Além de confiança, Lottie também ganhou um melhor amigo: o golden retriever de 1 ano e meio da família, que pacientemente deixa que ela brinque com seu rabo, um dos passatempos favoritos da nova moradora.
Destino que uniu duas vidas
Aubree jamais imaginaria que encontraria uma gatinha naquela noite gelada de inverno. Muito menos que levaria para casa um novo membro da família. Mas Lottie, hoje protegida e amada, parece ter escolhido exatamente a pessoa certa.
“Isso deixa meu coração tão cheio que ela colocou sua confiança em mim”, disse. “Muitas pessoas me disseram que ela teve sorte de eu tê-la encontrado, mas eu sou realmente o sortudo!”