
Nino é um gato medroso que vive com a família no litoral, mas na semana passada pegou uma “carona” até São Paulo, no motor de um carro. Francis Carla Anselmo, tutora de Nino, contou ao g1 que o gato costuma sair pela janela para ir até o apartamento da mãe dela, ao lado.
Na manhã do dia 11 de maio, Carla saiu para levar o filho para a escola, e não percebeu que Nino escapou de casa. O gato teria ido até a porta da casa da mãe de Carla, mas a porta estava fechada. “Quando ele voltou para o meu apartamento, também estava fechado porque eu tinha saído para levar meu filho na escola”, explicou a tutora.
Assim, Nino desceu as escadas do prédio e se escondeu debaixo do carro da tutora. Mais tarde, Carla levou a mãe de carro para uma consulta médica. De acordo com ela, depois de três quadras, ouviu um barulho e, pelo retrovisor, viu um gato preto “com o rabo todo arrepiado” de costas.

Ela pensou ter atropelado o gato, e reduziu a velocidade. “Minha mãe falou que parecia que algo tinha caído do carro. Não vi mais o gato pelo retrovisor e dei a volta no quarteirão, procurando, mas não vi mais nada”, contou Carla.
Depois de voltar no médico com a mãe e buscar o filho na escola, a tutora notou o desaparecimento de Nino. A família procurou o gato pelo prédio, mas com as imagens das câmeras de segurança viu o que tinha acontecido. Vendo que o gato tinha saído de casa com ela, Carla pegou um pote de ração e começou a chamá-lo nas proximidades do prédio.
Além disso, a tutora continuou as buscas com cartazes e publicações nas redes sociais, com fotos do gatinho. “Me sentia culpada porque achei que tinha atropelado o gato e porque não verifiquei que ele estava embaixo do carro. Nunca imaginei que ele fosse se enfiar lá”, desabafa Carla.
[tdj-leia-tambem]
‘Rolê’ até SP
Na manhã da última terça-feira (17), Carla recebeu um contato de uma mulher, contanto que viu um dos cartazes em um poste. “Ela perguntou se ele tinha rabo torto, meio cortadinho, e falou que estava lá [com ela]”, disse Carla.
A mulher disse que foi da Praia Grande até São Paulo, e durante uma revisão no carro, o mecânico abriu o capô e encontrou o gato. De acordo com essa moça, o mecânico garantiu que o felino não entrou no motor já na capital paulista. Sendo assim, o gato tinha viajado todo o trajeto junto com ela.

Os profissionais levaram cerca de 30 minutos para desmontar o motor, e conseguir chegar até o gato. Após retirar o gatinho de dentro do carro, a mulher se questionou sobre o que faria com ele. A princípio, ela o deixaria em São Paulo, mas viu que o gato era bem cuidado, provavelmente tinha tutora. Então ela resolveu levá-lo de volta ao litoral.
“A nora dela que viu um cartaz no poste. [Depois] eles me ligaram para eu ir buscá-lo”, explica a tutora de Nino. “São várias sensações de felicidade por ele ter voltado. É um gatinho muito amado. Ainda quero conversar com o mecânico para saber onde ele se enfiou. Já gastou umas seis vidas dele”, afirma.

 
					 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		