Quando Macy Lyle abriu as portas de casa para acolher uma gata de rua e seus cinco filhotes, ela esperava lidar com a agitação típica de gatinhos. Mas o que recebeu foi um verdadeiro mistério veterinário e uma missão que salvaria vidas.
“No início, eles eram apenas gatinhos instáveis comuns”, contou Macy ao portal The Dodo. Em poucos dias, no entanto, três dos cinco filhotes (Sasuke, Sakura e Naruto) pararam de andar. “Passaram de caminhar para falhar e não serem capazes de andar.”
Sintomas sem explicação e risco de eutanásia
O trio foi levado a diversos veterinários. Foram testados para toxoplasmose, vírus da imunodeficiência felina (FIV), parvovírus, todos com resultados negativos. Nenhum tratamento parecia surtir efeito.
“Nada ajudou ou melhorou os sintomas deles”, disse Macy. Os filhotes chegaram ao ponto de mal conseguirem comer, beber ou usar a caixa de areia.
Durante uma viagem para atender a uma emergência familiar, Macy recebeu uma ligação devastadora: “A veterinária ligou para falar sobre eutanásia. Eles perguntaram se eu queria estar lá quando eles fossem colocados para dormir. Eu disse: ‘Sim, claro. Estou com eles até o fim, mas quero respostas.’”
Foto: Reprodução/ Macy Lyle
Diagnóstico traz esperança: hipoplasia cerebelar
Após semanas de tentativas frustradas, finalmente surgiu uma suspeita concreta: hipoplasia cerebelar, uma condição neurológica causada pela exposição ao vírus da panleucopenia felina ainda no útero. Apesar de não ter cura, a condição não é contagiosa nem dolorosa.
Diante da nova perspectiva, Macy tomou uma decisão firme. “Eu disse: ‘Eu assumo esse fardo. Se a eutanásia é a única opção, vamos revisitá-la em alguns meses. Vamos ver se isso vai melhorar.’”
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Terapia, brincadeiras e superação
Com apoio de uma ONG, Macy mergulhou em pesquisas sobre fisioterapia felina. Tentou hidroterapia, mas logo abandonou a ideia.
“Eu odiei. Eu senti como se os estivesse traumatizando”, comentou, aos risos. Então, investiu em terapia lúdica: “Nós apenas brincamos e brincamos e brincamos, o tempo todo.”
E o improvável aconteceu. Os gatinhos começaram a evoluir. Sasuke e Naruto se tornaram gatos de colo, enquanto Sakura se revelou aventureira e determinada.
“Eles podem se sentar agora. Eles podem ficar de pé para beber água. Eles usam a caixa de areia por conta própria”, afirmou Macy, emocionada. “Este é o mundo deles, e eles estão bem com isso.”
Um final feliz e juntos para sempre
No fim de junho, Macy compartilhou uma atualização comovente: os três gatinhos foram adotados. E o melhor: por amigos próximos, o que garante que eles continuarão se encontrando.
Os “Wobbles”, como ficaram conhecidos, agora vivem com conforto e amor, provando que toda vida merece uma chance, mesmo quando o futuro parece incerto.
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