
Um gato tem chamado a atenção em Jundiaí (SP). Mingau, um gato macho, de 2 anos, passou a fazer o papel de ‘mãe’ dos filhotes de rua que sua tutora, empresária Danielle Fogaça, abriga temporariamente em casa.
Em entrevista ao G1, Danielle contou que Mingau também foi resgatado das ruas e sempre foi um gato arisco. Inclusive, quando ela chegou com os gatinhos, ficou com medo por ele ser bravo.
“Ele sempre foi bravo. Foi estranho quando ele começou a acolher os gatinhos. Eu achei que estava com ciúmes, mas a surpresa foi que ele acolheu os bichinhos. Ele mudou o comportamento e começou a agir como se fosse mãe deles”, explicou ao G1.
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Ela ainda revelou que Mingau até “dá banho” nos filhotes e sente ciúme deles. “Os bebês realmente acham que estão com a própria mãe e até procuram teta para mamar. O Mingau me ajuda com os regates, pois os bebês ficam sob cuidados dele até eu achar um lar definitivo”, contou ao G1.
Em abril, Danielle disse ao G1 que o Mingau cuidou de mais de 10 filhotes. “Ele anda o dia todo atrás dos filhotes. Quando separo, o Mingau mia muito e fica bem triste. Escolhi ficar com dois filhotes para ele não ficar depressivo com a falta deles”.
A maioria dos animais resgatados por Danielle precisa ser alimentada através de uma seringa com uma fórmula de leite até começar a comer. A empresária relata que os primeiros gatinhos que resgatou tinham 15 dias de vida e Mingau passava o dia todo deitado com eles. “Até me assustei, mas foi uma surpresa boa!”, conta.
O próximo passo após cuidar dos filhotes é encontrar novos lares para eles. Danielle explica que divulga fotos dos bichinhos em uma página criada em uma rede social, a “Gatinhos do Amor”, ou em perfis de cuidadoras que a ajudam.
Caso raro
Para entender o caso de Mingau, o médico veterinário Adelmo Miguel, explicou ao G1, que é necessário entender primeiramente uma situação parecida que acomete as fêmeas.
“É raro de acontecer. O que costumamos ver com frequência são fêmeas adotando outras ninhadas por conta. Isso acontece por uma alteração hormonal comum nas fêmeas, que chamamos de pseudogestação. Elas começam a produzir hormônios que só são produzidos durante uma gestação e, mesmo sem estar gestante, acabam achando que estão. Chegam até a produzir leite e acabam adotando bichinhos de pelúcia e chinelos”.
No caso do macho, segundo o especialista, se explica pela sensibilidade que ele demonstra.
“Os animais fazem coisas que surpreendem e ensinam o ser humano a ser melhor. Cães e gatos realmente possuem uma sensibilidade e empatia muito maior do que a gente imagina. Eles têm um sentimento aflorado de bondade, companheirismo, carinho e gratidão”, completa.
Fonte: G1
 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		