
Neste sábado (21), morreu Bobi, o cão mais velho do mundo, aos 31 anos e 165 dias. A Dra. Karen Becker, veterinária de longa data do cachorro, anunciou sua morte através das redes sociais.
“Ontem à noite, esse menino querido ganhou suas asas. Apesar de ter sobrevivido a todos os cães da história, os seus 11.478 dias na terra nunca seriam suficientes para aqueles que o amavam. Boa sorte, Bobi… você ensinou ao mundo tudo o que deveria ensinar”, escreveu a veterinária.
De acordo com o site Dra. Becker, Bobi estava hospitalizado há alguns dias, mas não sobreviveu. “Iniciamos um tratamento específico. No entanto, ele não resistiu. Foi uma luta dura e só um guerreiro como ele podia ter aguentado este tempo”, disse Leonel, tutor do cachorro. “Ficam as melhores memórias de uma longa vida onde foi feliz e principalmente fez muita gente feliz, principalmente a sua família que hoje sente que um dos seus pilares ruiu.”

O cão mais velho do mundo
Bobi é um cachorro da raça Rafeiro do Alentejo, um cão de guarda de gado de Portugal que tem expectativa de vida média de 12 a 14 anos. Mas antes de ser o cão mais velho do mundo, ele passou por muitas aventuras.
Bobi nasceu junto com outros três filhotes em Conqueiros, Portugal. A família já possuía muitos animais e decidiu que não poderia cuidar deles. Assim, a família decidiu enterrá-los. De acordo com Leonel Costa, filho da família e que na época tinha 8 anos de idade, era comum as pessoas enterrarem filhotes recém-nascidos que não conseguiam manter.
Mas, dias depois, Leonel notou algo estranho. A mãe de Bobi, Gira, continuou a voltar ao barracão onde seus filhotes nasceram, apesar de estar vazio. Um dia, o menino e seus irmãos decidiram seguir Gira e logo descobriram que Bobi estava vivo. O tutor acredita que seu pai possivelmente não reconheceu Bobi porque seu pelo marrom o camuflava no barracão.
Leonel e seus irmãos decidiram manter Bobi em segredo por algumas semanas, apenas até o cão ter idade suficiente para que seus olhos se abrissem e os pais de Costa não tivessem coragem de afastá-lo. Felizmente, assim criaram o cão.
Bobi nunca foi acorrentado ou amarrado, e passou a vida passeando livremente pelas florestas e terras agrícolas próximas à casa de dos tutores. Além disso, de acordo com a família, o cachorro sempre comeu comida humana não temperada, o que segundo Costa, teria contribuído para sua longevidade.

“Bobi é especial porque olhar para ele é como lembrar as pessoas que fizeram parte de nossa família e infelizmente não estão mais aqui, como meu pai, meu irmão, ou meus avós”, disse o tutor quando o cachorro foi registrado como o mais velho do mundo pelo Guinness. “Bobi representa essas gerações”.
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