Mamãe cachorra e dois filhotes
Foto: Reprodução/Selina Dey/The Dodo

Em uma manhã comum, Selina Dey, acostumada a resgatar cães de rua, se deparou com uma cadela prenha abrigada em uma casa abandonada. Tentou se aproximar, mas a fêmea mostrou-se “selvagem e inacessível”.

Mesmo assim, Selina decidiu não deixá-la enfrentar a gestação sozinha. Passou a visitá-la todos os dias, levando refeições nutritivas para fortalecê-la antes do parto.

O nascimento e a busca pelos filhotes

Dias depois, ao retornar ao local, percebeu que a barriga da cadela havia diminuído: os filhotes tinham nascido. A dúvida, no entanto, era onde estavam.

“Não consegui encontrar os filhotes, então andei por esta casa abandonada, o que foi um pouco assustador no começo… Eventualmente, eu pude ouvir os uivos pela mãe”, contou ao The Dodo.

Foi assim que encontrou oito filhotes amontoados. Mas um deles chamava atenção:
“Eu poderia contar oito cães, mas um estava preso e caiu por um pequeno ralo, então eu o puxei para fora”, relatou. “Ela estava tão fria.”

A luta de Fiorella

Selina levou a pequena para casa, batizou-a de Fiorella e iniciou os cuidados de emergência. Alimentava a cadelinha na mamadeira e a mantinha aquecida junto ao peito.

Apesar do esforço, Fiorella não resistiu. “Todo o meu instinto tinha me dito que algo estava errado”, lembrou. “Infelizmente, os veterinários não puderam fazer nada porque ela era tão pequena e frágil.”

A filhote faleceu menos de 24 horas após ser resgatada, nos braços de sua salvadora.

Uma promessa de cuidado

Transformando a dor em compromisso, Selina garantiu:

“Prometi a Fiorella que manteria todos saudáveis e seguros. Então foi isso que eu fiz. Eu fui lá duas vezes por dia. Eu cozinhei para eles e lhes dei comida.”

Durante semanas, a socorrista dividiu os cuidados: deixava os filhotes com a mãe na casa abandonada para que ela pudesse amamentá-los e depois os levava para sua própria casa, onde continuava a reabilitação.

Pouco a pouco, os pequenos se tornaram fortes e brincalhões, carregando o espírito da irmã que se foi.

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