
Assim como acontece com os humanos, cães e gatos também podem desenvolver alterações no sistema reprodutor, incluindo o câncer de próstata. Por isso, o Novembro Azul Pet se tornou uma data essencial para conscientizar tutores sobre prevenção, diagnóstico precoce e acompanhamento veterinário.
A campanha ganhou espaço nos últimos anos, ampliando o movimento tradicional do Novembro Azul. De acordo com a American Veterinary Medical Association (AVMA), o câncer de próstata representa até 10% dos tumores que atingem o sistema reprodutor masculino em cães. Apesar de menos comum em gatos, a doença costuma afetar principalmente felinos idosos e exige atenção a mudanças urinárias e de locomoção.
Durante o mês de conscientização, clínicas e especialistas reforçam a importância do check-up anual e da castração, medidas que podem reduzir riscos e facilitar o diagnóstico precoce.
Fatores de risco: o que aumenta a chance da doença?
O câncer de próstata em pets está associado a fatores como:
- Idade avançada, que aumenta significativamente o risco.
- Falta de castração, especialmente em cães não castrados.
- Predisposição genética, observada em raças como Doberman, Rottweiler e Pastor Alemão.
- Desequilíbrios hormonais, relacionados a testosterona e hormônios sexuais.
- Infecções crônicas no trato urinário.
Embora qualquer animal macho possa desenvolver a doença, os especialistas destacam a idade e a ausência de castração como elementos decisivos. Por isso, consultas periódicas são fundamentais.
Sintomas de câncer de próstata em cães e gatos
Os sinais variam conforme o estágio da doença, mas alguns sintomas exigem atenção imediata:
- Dificuldade ou dor ao urinar e defecar
- Sangue na urina
- Perda de apetite e emagrecimento
- Dificuldade para andar ou rigidez nos membros traseiros
- Apatia e desconforto abdominal
Quando o tumor avança, pode pressionar uretra e reto, levando à retenção urinária e à constipação.
Como prevenir o câncer de próstata em pets?
A castração segue como uma das estratégias mais eficazes para reduzir riscos. O procedimento diminui alterações hormonais ligadas ao crescimento da próstata e reduz a ocorrência de hiperplasia benigna, infecções e possíveis tumores.
Além da castração, a prevenção inclui:
- Check-ups anuais, com avaliação clínica e ultrassonográfica
- Exames de sangue e urina, que detectam alterações precoces
- Alimentação equilibrada e controle de peso
- Rotina ativa e ambiente seguro, favorecendo o equilíbrio geral da saúde
Consultas regulares permitem identificar qualquer sinal de alerta e agir rapidamente.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é feito por avaliação clínica, exames de imagem — como ultrassom e raio-X — e procedimentos como biópsia ou citologia, que identificam o tipo celular do tumor. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de controle e qualidade de vida.
O tratamento pode envolver:
- Medicação e terapias hormonais
- Cirurgia em casos selecionados
- Quimioterapia ou radioterapia, quando há tumores avançados
- Cuidados paliativos para conforto e alívio dos sintomas
O acompanhamento contínuo com um oncologista veterinário é essencial para ajustar a abordagem ideal para cada animal.