
Uma simples pescaria nos pântanos do Brasil se transformou em uma experiência inesquecível para Vanderlei Rabi e seus amigos. Durante o retorno à costa, o grupo avistou algo inesperado à deriva na água e acabou protagonizando um resgate comovente: o de um filhote de onça em apuros.
“Pedi ao que dirigia o barco para nos levar lá para ver”, contou Vanderlei ao portal The Dodo. “Quando chegamos lá, percebemos que não era uma capivara.”
Na verdade, o que parecia ser um animal comum da região, era um jovem filhote de onça-pintada tentando atravessar o rio, claramente exausto e com dificuldades para nadar. Ao olhar para a margem, o grupo notou uma onça adulta, provavelmente a mãe, acompanhada de outros filhotes. O pequeno, aparentemente fraco demais para acompanhar os demais, havia ficado para trás.
Resgate com rede e cuidado com a mãe
Sensibilizados com a situação, os pescadores usaram uma de suas redes de pesca para retirar cuidadosamente o filhote da água. Em seguida, levaram-no de barco até a margem mais próxima.
“Sentimento sensacional”, definiu Vanderlei ao descrever o momento de ajuda. Ao chegar à margem, o filhote ainda agarrava a rede, mas o grupo se afastou rapidamente para não assustar a mãe, que poderia estar por perto.
Atitude correta, segundo biólogo
A ação dos pescadores foi amplamente elogiada por especialistas. O biólogo Henrique Abrahão Charles confirmou que os homens agiram corretamente ao intervir.
Embora filhotes de onça sejam, por natureza, bons nadadores, o animal resgatado demonstrava claros sinais de cansaço. Para o especialista, a probabilidade de reencontro entre mãe e filhote é alta.
“O filhote chama a mãe, ele sabe. A mãe não abandona o filhote. Eles se comunicam. O jaguar tem um olfato muito poderoso, boa audição e excelente visão. Existem métodos de vocalização para o filhote. Ela vai procurá-lo, ele vai chamá-la“, afirmou Henrique ao G1 Globo News.
O resgate, filmado por Vanderlei e compartilhado nas redes sociais, já emocionou milhares de pessoas, destacando não apenas a força da natureza, mas também o valor de atitudes humanas guiadas pela empatia e respeito aos animais silvestres.
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