
Conviver com um gato pode impactar profundamente o cérebro; tanto o seu quanto o dele. Estudos mostram que, ao acariciar ou abraçar seu felino de forma tranquila, há um aumento nos níveis de oxitocina, conhecido como o “hormônio do amor”, em ambos.
Esse hormônio está ligado à formação de laços sociais, ao fortalecimento da confiança e à redução do estresse. Em humanos, uma pesquisa de 2005 indicou que a oxitocina elevava significativamente a disposição para confiar nos outros em experimentos financeiros.
Quando ocorre a liberação de oxitocina?
Pesquisadores vêm identificando momentos específicos em que a oxitocina é liberada durante as interações entre humanos e gatos. Aparentemente, o contato físico afetuoso é o principal gatilho para os felinos.
Um estudo publicado em fevereiro de 2025 analisou como os níveis hormonais mudam quando os donos acariciam, embalam ou abraçam seus gatos em casa. O resultado? Tanto os humanos quanto os animais registraram aumento da oxitocina, desde que a interação fosse espontânea e não imposta ao gato.
Ainda segundo os cientistas, gatos que demonstram apego seguro (ao se aproximar, sentar no colo ou dar cabeçadas) tendem a apresentar elevações maiores no hormônio. Quanto mais tempo passam ao lado dos tutores, maior tende a ser esse efeito.
Gatos demonstram menos afeto que os cães?
Comparados aos cães, os gatos geralmente apresentam respostas hormonais mais discretas. Um estudo bastante comentado, conduzido em 2016, mediu os níveis de oxitocina em tutores e animais antes e depois de 10 minutos de brincadeira.
Os cães mostraram um aumento médio de 57% na oxitocina após o tempo de interação. Já os gatos, por sua vez, registraram um crescimento mais modesto, de aproximadamente 12%.
Ainda assim, o impacto emocional da convivência com gatos é real e significativo. Cada espécie manifesta afeto à sua maneira, e compreender essas sutilezas fortalece a relação com seu animal de estimação.