A Paróquia São Sebastião, em Piraúba (MG), viveu um momento inusitado e emocionante no último domingo (25). Durante o encontro de coroinhas das paróquias da Diocese de Leopoldina, um convidado muito especial roubou a cena: Amarelo, o cachorro vira-lata que, vestido com a tradicional batina, participou da celebração e foi homenageado como o mascote oficial da igreja.
O momento foi registrado pela colaboradora da Pastoral da Comunicação, Fátima Gravina, e viralizou nas redes sociais, conquistando milhares de elogios e manifestações de carinho. Ao lado do padre José Cambraia de Oliveira Júnior, Amarelo foi chamado ao altar, arrancando sorrisos e encantando os fiéis, especialmente as crianças.
“Eu chamei, ele veio e o apresentei como o cão patrimônio da cidade”, contou o padre, emocionado.
O mascote que virou tradição na igreja
Amarelo apareceu pela primeira vez na paróquia em meados de 2019, ainda filhote. Desde então, tornou-se presença constante nas celebrações religiosas e nas festividades da cidade. De acordo com os moradores, ele é sempre o primeiro a entrar na igreja assim que as portas se abrem, e costuma acompanhar os fiéis até mesmo pelas ruas.
“E é sempre assim: chega a hora da missa, ele vai e fica andando na igreja, principalmente na missa das crianças. E se chega outro cachorro, ele não permite. Fica na porta deitado tomando conta. Ele também participa dos parabéns durante as missas. Começa a cantar, ele já levanta, dá uma voltinha e, na hora da bênção final, ele puxa a fila”, detalhou o padre José Cambraia.
Um cão acolhido por todos
Os primeiros cuidados com Amarelo foram prestados pelo então pároco, padre Márcio Arthur, que tinha cachorros e passou a alimentá-lo. Em seguida, após se envolver em uma briga com outros cães, Amarelo foi acolhido por Lígia Souza Sores, que trabalha na casa paroquial e integra a Associação Amigo dos Animais.
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“Mas ele não fica lá só na casa dela, ele dorme lá, mas ele é um cãozinho de todo mundo, todo mundo ajuda a cuidar. Ele era pequenininho ainda quando começou a ir para a igreja e agora ele está um cão maduro já, e a comunidade inteira gosta muito dele. Ele está em todas as festividades da cidade e todo mundo ajuda a cuidar, ninguém judia porque ele é quase que patrimônio da cidade”, explicou Fátima Gravina.
Presença também nos velórios
A participação de Amarelo nas cerimônias religiosas não se limita às missas. Segundo o padre José Cambraia, ele também marca presença em todos os velórios realizados na cidade.
“Ele fica na capela mortuária comportado e participando. Eu brinco que quando o Amarelo partir, vamos ter que velar ele lá”, disse o padre, em tom bem-humorado.
Com sua rotina fiel e acolhedora, Amarelo conquistou o título de “CÃOroinha” e o coração de toda a comunidade de Piraúba, tornando-se símbolo de afeto, companheirismo e exemplo vivo de como os animais podem estreitar laços e promover a união entre as pessoas.
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