
O Ministério do Meio Ambiente da Alemanha anunciou, na última sexta-feira (06), um projeto de lei para proibir que supermercados e lojas do país ofereçam sacos plásticos descartáveis.
A iniciativa também prevê a proibição até mesmo de sacos plásticos que são propagandeados como biodegradáveis e produzidos de outras fontes que não o petróleo.
A ministra do Meio Ambiente, Svenja Schulze, disse que o projeto se torne lei ainda em 2020. “Acredito que temos o apoio do povo”. Ela ainda informa que as empresas que violarem o novo regulamento podem ser multadas em até 100 mil euros.
Se aprovado, o país passará por um “período de transição” de seis meses que será usado para “distribuir e consumir o estoque restante de sacolas plásticas”. A ministra ainda ressalta que o objetivo do projeto é deixar para trás “uma sociedade descartável e usar menos plástico”.
Um acordo firmado com empresas do varejo em 2016 já foi bem-sucedido na redução do consumo de sacolas plásticas no país. Em muitas lojas, os consumidores agora precisam pagar para receber sacolas plásticas e outras redes oferecem sacos de papel.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, houve um declínio de 64% no uso de sacolas plásticas descartáveis na Alemanha desde 2015. Hoje, o consumo per capita anual é de 24 sacolas por habitante. Em 2000, era de 85.
Mas o projeto ainda não deve incluir as embalagens de frutas e legumes. O ministério disse que incluir as “sacolas finas” na nova proibição poderia incentivar a indústria a vender os alimentos já embalados em plástico, provocando mais poluição.
No entanto, a medida não agradou ativistas, comerciantes e a ministra da Defesa, Annegret Kramp-Karrenbauer, que é presidente da União Democrata-Cristã (CDU), o principal partido da coalizão de governo da Alemanha, ainda reluta em promover uma proibição em sacolas.
A União Europeia já prevê proibir itens de plástico descartáveis, como canudos, garfos e facas, a partir de 2021.
Fonte: G1