ataque a ônibus em Jerusalém
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Um ataque a tiros dentro de um ônibus em Jerusalém deixou seis mortos e mais de dez feridos na manhã desta segunda-feira (8). Autoridades israelenses e serviços de emergência confirmaram as informações. De acordo com o anúncio, entre os feridos, pelo menos seis estão em estado grave.

Segundo a polícia, dois atiradores entraram no veículo e dispararam contra passageiros e transeuntes. Em comunicado, a corporação informou que os suspeitos do ataque “foram neutralizados”.

Governo de Israel reage ao ataque em Jerusalém

O governo israelense condenou a ação. “Este é o mal que Israel enfrenta. Dois terroristas abriram fogo contra um ônibus em Jerusalém — mirando passageiros, transeuntes, qualquer pessoa ao alcance (…) A guerra que Israel trava é por todos que se levantam contra o terror”, publicou em sua conta oficial na rede X.

O ministro das Relações Exteriores, Gideon Saar, confirmou pelo menos seis mortos. Já as informações sobre os feridos divergem: a polícia fala em 11, o serviço de resgate em 12, enquanto o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu menciona “mais de 12”.

O ataque ocorreu em um cruzamento na entrada norte de Jerusalém, em uma estrada que liga a cidade a assentamentos judaicos em Jerusalém Oriental, na Cisjordânia — região marcada por tensões devido à expansão desses assentamentos, vista pela comunidade internacional como uma violação ao direito internacional.

Clima de pânico

Vídeos gravados no local mostram dezenas de pessoas correndo em meio ao som de disparos. O ataque aconteceu em um ponto movimentado, onde diversos ônibus pegavam passageiros no horário de pico.

Segundo o serviço de ambulâncias, algumas das vítimas fatais identificadas são um homem de 50 anos, uma mulher de aproximadamente 50 anos e três homens na faixa dos 30.

Netanyahu promete endurecer medidas

O premiê Benjamin Netanyahu visitou o local pouco após a ação. Ele reafirmou sua promessa de eliminar o Hamas e anunciou medidas mais duras de segurança.

“Estamos agora perseguindo e cercando as aldeias de onde vieram os terroristas, e vamos caçar todos aqueles que os ajudaram e aqueles que os enviaram. (…) Quero afirmar o mais claramente possível: esses assassinatos e ataques, em todas as frentes, não nos enfraquecem. Eles apenas fortalecem nossa determinação de cumprir as missões que estabelecemos para nós mesmos, em Gaza, na Judeia e Samaria, em todos os lugares”, disse Netanyahu.

Além disso, o Exército israelense confirmou ter enviado soldados à região para apoiar a polícia na busca por outros possíveis envolvidos.

Contexto de violência crescente

Embora Israel registre ataques esporádicos, este foi o mais letal desde outubro de 2024, quando dois palestinos abriram fogo em Tel Aviv, matando sete pessoas.

O Hamas elogiou o ataque em Jerusalém, chamando os autores de “combatentes da resistência palestina”, mas não reivindicou a autoria.

Dados da ONU apontam que, entre outubro de 2023 — início da guerra em Gaza — e julho de 2025, ao menos 49 israelenses foram mortos por palestinos em Israel ou na Cisjordânia. No mesmo período, forças e civis israelenses mataram pelo menos 968 palestinos nessas regiões.