Donald Trump
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A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, a democrata Nancy Pelosi, anunciou hoje (24) que foi aberto, formalmente, o pedido para impeachment do presidente americano Donald Trump.

Será feita, dessa forma, uma investigação formal para determinar se Trump pode ser afastado do cargo. Ele é acusado de ter usado o cargo para perseguir um adversário político.

Ao menos 163 deputados democratas apoiam o impeachment, que precisa de 218 votos para aprovação.

A acusação é de que ele violou a lei ao tentar recrutar um poder estrangeiro para interferir a seu favor na eleição de 2020.

“O Presidente deve ser responsabilizado. Ninguém está acima da lei”, afirmou Pelosi em uma declaração na TV.

“Em um dia tão importante nas Nações Unidas, tanto trabalho e tanto sucesso, e os democratas propositalmente tinham de arruinar e degradar com mais notícias do lixo da caça às bruxas. Péssimo para nosso país!”, se defendeu o presidente americano no Twitter.

O caso

Em 25 de julho, Trump teria pedido ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que colaborasse com seu advogado pessoal, Rudolph Giuliani, em uma investigação sobre Hunter Biden – filho do ex-vice-presidente Joe Biden – que integrou o conselho de uma empresa de gás ucraniana.

Segundo um agente de segurança do governo americano que revelou o conteúdo da conversa, Trump disse oito vezes a Zelensky que ele deveria colaborar com essa investigação. Em entrevista à CNN, Giuliani admitiu que houve pressão à Ucrânia.

A ligação ocorreu no momento em que a Ucrânia aguardava a aprovação de um pacote de ajuda militar dos EUA no valor de US$ 250 milhões. A verba foi ratificada no mês seguinte pelo Congresso, mas suspensa logo depois pela Casa Branca.

Joe Biden é o principal pré-candidato democrata às eleições presidenciais de 2020 e lidera as pesquisas de opinião, sendo considerado a principal ameaça a uma reeleição de Donald Trump.

O filho de Joe Biden, Hunter Biden, trabalhou na empresa ucraniana Burisma Holdings –que, de fato, esteve sob investigação. Não houve, entretanto, nenhuma revelação de que o filho do pré-candidato democrata tivesse participado do esquema de corrupção que levou à queda de um procurador da Ucrânia em 2016.

Com informações do G1 e Estadão.