
Um cientista de Jundiaí fez parte de um projeto da Nasa, a agência espacial norte-americana, que descobriu 301 novos exoplanetas e que pode ajudar a identificar outras formas de vida.
O exoplaneta é um planeta que orbita uma estrela que não seja o sol e, desta forma, pertence a um sistema planetário diferente, por isso é ainda mais difícil de reconhecer com precisão.
A descoberta foi feita por um grupo de cientistas contratados para um programa de estágio da Nasa. O programa teve início em 2018, mas só apresentou resultados nas últimas semanas.
Um dos participantes do projeto é um professor universitário de Jundiaí, Pedro Gerum, o único brasileiro envolvido. Que mora atualmente em Cleveland, nos Estados Unidos, e fez parte do grupo de 13 cientistas escolhidos pela Nasa.

“Foi muito incrível poder fazer parte desse time de três cientistas fantásticos, aprendi muito com eles. Eu acho que foi uma experiência única e muito válida, fiquei muito feliz”, diz.
O programa é uma ferramenta de inteligência artificial chamado de “Exominer”, que está resolvendo um dilema que astrônomos enfrentaram por anos. Ele faz uma “mineração de dados” que consegue perceber a diferença de novos planetas pelos outros dados que podem sinalizar errado a existência de um planeta.
Pedro explica que este é um trabalho extremamente minucioso. Imagens de satélite são usadas para acompanhar cada detalhe.
“Esse projeto na Nasa tem o objetivo de buscar planetas fora do sistema solar, planetas que não fazem parte desses oito que a gente ouve todo tempo. São planetas que estão orbitando estrelas que não são o sol”, explica.
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A nova ferramenta não ficou exclusiva ao trabalho feito pela equipe. Ela poderá ser aplicada a novas missões espaciais no futuro e ajudar a descobrir ainda mais novos planetas.
Pedro já encerrou a participação dele na equipe da Nasa e, agora, trabalha como professor universitário nos Estados Unidos. Segundo ele, voltar a morar em Jundiaí ainda não está nos planos. “Quero expandir ainda mais os conhecimentos”.
Fonte: g1.