
O cientista chinês de 35 anos que provocou a polêmica mundial ao anunciar os primeiros bebês geneticamente modificados foi condenado, nesta segunda-feira (30), a três anos de prisão e multa de 3 milhões de yuanes – cerca de R$ 1,73 milhões.
He Jiankui anunciou o nascimento das gêmeas com o DNA modificado para que pudessem resistir ao vírus da Aids, que o pai contraído, em novembro de 2018.
Um tribunal da cidade de Shenzhen, onde ficava o laboratório, condenou o cientista por “ter realizado ilegalmente a manipulação genética de embriões com fins reprodutivos”, segundo a agência Xinhua.
Ainda segundo a agência, o projeto de Jiankui criou três bebês geneticamente modificados. No entanto, apenas o nascimento das gêmeas foi confirmado.
Outras duas pessoas foram condenadas, mas a Xinhua não informou que funções ela desempenharam no processo. Todos eles foram condenados por exercício ilegal da Medicina.
Zhang Renli recebeu a sentença de dois anos de prisão e terá de pagar multa de 1 milhão de yuanes, enquanto Qin Jinzhou ficará um ano e meio em liberdade condicional, com multa de 500 mil yuanes (R$ 290 mil).
Na época, a China foi acusada de falta de supervisão e o país não tinha nenhuma lei sobre o tema, apenas uma regulamentação de 2003 que proibia manipulação genética de embriões.
Após o caso explodir nas mídias, a China anunciou uma nova regulamentação em fevereiro deste ano com multas de 100 mil yuanes ( cerca de R$ 58 mil) por manipulações genéticas.
Atualmente, as irmãs chamadas Lulu e Nana permanecem anônimas com paradeiro desconhecido.
Fonte: France Presse