Representação da 'Estrela de Natal', fenômeno raro que ficará visível no dia 21 de dezembro
Foto: Reprodução/ Unsplash

Entre os dias 16 e 21 de dezembro, um fenômeno raro chamado “Estrela de Natal” poderá ser visto em todo o mundo. Apesar do nome, o evento na verdade marca o alinhamento entre Júpiter e Saturno. Assim, os planetas, que estarão próximos, parecerão um planeta duplo – dois pontos brilhantes.

No último dia da aparição, 21 de dezembro, é quando os planetas devem estar ainda mais próximos, e o fenômeno ficará visível após o pôr do sol. As últimas vezes que Júpiter e Saturno estiveram tão perto um do outro, foram em 1623 e 1226, há séculos atrás.

De acordo com os astrônomos especialistas, essa aproximação é rara porquê cada planeta demora um tempo específico para girar em torno do Sol. Dessa forma, Júpiter leva 12 anos e Saturno demora 30 anos para completar a transição.

“Todos os corpos celestes estão em movimento. Em especial, o Sol e os planetas se movimentam em uma linha no céu chamada Eclíptica. Quando ocorre um cruzamento entre os planetas a gente chama de conjunção”, afirma Felipe Navarete, pesquisador do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (IAG-USP).

Perto, mas ainda longe

Segundo Navarete, mesmo que os planetas estejam relativamente próximos, a distância entre eles ainda deve ser de quase 700 milhões de quilômetros.

“Ao longo dos dias a distância entre os pontos vai diminuir. No dia 21 será a distancia mínima. A olho nu você consegue separar os planetas: Júpiter e Saturno. Júpiter será mais brilhante. A olho nu vai dar para ver, embora não dê para enxergar os detalhes. Com binóculo pequeno você já consegue começar a ver melhor os detalhes”, afirma Navarete.
Além disso, o fenômeno raro será um dos assuntos comentados na palestra do projeto “Astronomia para Todos”, transmitida pelo canal da IAG-USP no Youtube. A live acontecerá na terça-feira (8), às 19h.

“Devemos olhar na direção do pôr do sol. Logo depois do pôr do sol, a gente vê um pouco mais acima do horizonte. Fica mais visível num horizonte mais limpo”, aconselha Navarete.

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Com informações do G1.