Nesta quinta-feira (24), o promotor George Gascon,responsável pelo caso dos irmãos Menendez, anunciou um pedido à Justiça para que, caso receba nova sentença, permita que Erik e Lyle Menendez tenham liberdade condicional.
A recomendação do “resentencing”, ou seja, a redução de sentença dos irmãos que, atualmente, é de prisão perpétua. “Acredito que eles pagaram a sua dívida para com a sociedade”, afirma o promotor.
O caso dos irmãos Menendez
O executivo da indústria musical José Menéndez e sua esposa, Kitty, foram assassinados na noite de 20 de agosto de 1989, em sua luxuosa mansão em Los Angeles. O caso teve um grande acompanhamento midiático.
Erik e Lyle Menendez entraram na mira das autoridades americanas depois de ostentarem uma vida luxuosa com a herança deixada pelos pais, comprando apartamentos, carros de luxo e relógios de grife.
A prova que determinou os irmãos Menendez como culpados foi a confissão de Erik ao seu psicólogo, Jerome Oziel, que passou a gravar suas sessões com os irmãos. As provas chegaram até às autoridades, que determinaram a prisão de ambos.
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O julgamento começou em 1993 e foi um dos primeiros a serem televisionados nos Estados Unidos. E durante as audiências, os irmãos declaram em lágrimas que sofreram abusos sexuais, físicos e psicológicos por parte de seu pai, com o conhecimento de Kitti, por anos. E além disso, eles sofriam ameaças constantes de morte caso contassem o que acontecia.
O primeiro julgamento dos irmãos Menendez foi declarado como nulo e, em outro julgamento sem cobertura midiática, com a corroboração de depoimentos de familiares sobre os abusos e personalidade de José, o júri os condenou à prisão perpétua em 1996.
E como parte da pena, eles tiveram que ficar em prisões separadas por 22 anos, até que em 2018, 22 anos depois, Lyle e Erik passaram a cumprir pena no mesmo presídio.
O caso voltou a ter repercussão após o lançamento da série da Netflix ‘Monstro: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais’ e, com isso, a sentença deles passou por avaliação dos próprios promotores da Califórnia e a família pediu que uma nova sentença fosse emitida.
