Médico vestido de cirurgião
Médico se sensibilizou com famílias que não conseguiam pagar dívidas médicas. (Foto: Reprodução)

Nos Estados Unidos, um cirurgião mentor de uma clínica cirúrgica do estado de Nebraska, depois de se sensibilizar com os inúmeros casos de pacientes que não conseguiam pagar suas dívidas médicas, criou um projeto em que cada doente poderia pagar pelo seu procedimento por meio de trabalho voluntário.

No país norte-americano, a saúde é um dos principais desafios enfrentados pela população, uma vez que o serviço é particular e o custeio, muito alto.

Demetrio Aguila III, cirurgião que implantou o projeto, chamado de M25, na clínica Healing Hands of Nebraska, diz que “ficou cansado de ver as famílias americanas sofrerem com a alta carga de despesas médicas”.

Por meio do projeto, os pacientes selecionam uma organização sem fins lucrativos de sua preferência e que seja cadastrada na clínica, que trabalha com cirurgias reconstrutivas e reparadoras nos nervos. Quem determina a quantidade de horas de trabalho voluntário é o próprio médico.

“Eliminamos muitos problemas administrativos associados à assistência médica”, disse o cirurgião a um jornal local. “Reduzimos também o custo da assistência médica. Tornamos justo para todos os envolvidos. Ninguém perde. Essa é essência do programa M25.”

Primeiro paciente

Jeffrey Jensen foi atendido há dois meses e foi o primeiro paciente a participar do programa. Em troca da cirurgia de correção de uma dormência e outros danos nos nervos da perna, ele ficou encarregado de trabalhar 560 horas em um projeto voluntário.

As horas podem ser divididas entre amigos e familiares – prática que é inclusive incentivada pela clínica.

“O programa M25 não é sobre dinheiro – é sobre como se as pessoas se reúnem para ajudar outras pessoas; ao mesmo tempo, a comunidade, unida, prospera”, disse.

Demetrio espera inspirar outros médicos e outros profissionais a darem esperança para outras pessoas. “Um pouco de esperança pode mudar completamente a vida de outra pessoa”, disse.

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Fonte: Razões para Acreditar