Nesta segunda-feira (29), Portugal já detectou cerca de 13 casos da variante ômicron do novos coronavírus, todos relacionados a jogadores e membros do time de futebol Belenenses, afirmou a autoridade sanitária do país.

Ainda nesta segunda, a Escócia também confirmou os seis primeiros casos da nova variante e a primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, afirmou que alguns infectados não estão ligados a viagens ao sul da África, levantando preocupações de que a ômicron já esteja se espalhando localmente. “Isso sugere que já pode haver alguma transmissão comunitária dessa variante”, disse Sturgeon.

Em Portugal, o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge disse que um dos infectados é um jogador que viajou recentemente à África do Sul, onde a nova variante foi descoberta. Como os outros não foram ao país, também podem se tratar de casos de transmissão local.

Quem teve contato com os infectados em Portugal foi obrigado a se isolar, independentemente do seu estado de vacinação, e será testado regularmente contra a Covid19, informou o instituto.

O porta-voz do clube afirmou nesta segunda que cerda de 44 pessoas estão isoladas em casa e “dois ou três jogadores, e dois ou três funcionários apresentam sintomas, mas nada muito grave”. “Os demais estão assintomáticos”.

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Com os seis casos confirmados na Escócia, o Reino Unido agora tem nove infectados. Mas disse que nem todos os seis casos têm história de viagens recente ou ligações conhecidas com outras pessoas que viajaram para o sul da África.

A nova variante

A ômicron já foi detectada em ao menos 14 países e territórios até o momento, e várias nações já restringiram voos devido à nova variante.

A variante preocupa pois tem 50 mutações, o que jamais teria acontecido antes, sendo mais de 30 na proteína “spike” (a “chave” que o vírus usa para entrar nas células e que é o alvo da maioria das vacinas contra a Covid-19).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a ômicron como uma “variante de preocupação”, colocando a cepa no mesmo grupo de versões do coronavírus que já causaram impacto na pandemia: a alfa, a beta, a gama e a delta.

Fonte: g1.