Nesta quarta-feira (2), a cientista de inteligência artificial Timnit Gebru foi demitida do Google após enviar um e-mail interno acusando a empresa de “silenciar vozes marginalizadas”. Com isso, profissionais da empresa se uniram e criaram um abaixo-assinado contra a demissão da funcionária.

Até então, mais de 1,5 mil funcionários do Google já assinaram a petição. Além disso, 2,2 apoiadores acadêmicos, da sociedade civil e da indústria da tecnologia também assinaram o abaixo-assinado contra a demissão.

A pesquisadora, uma mulher negra, foi demitida após conflitos em relação a um artigo jornalístico e um e-mail enviado a um dos grupos de pesquisa da empresa. Nestes, era criticado o tratamento do Google dado a profissionais de grupos de minoria, como negros e pessoas com deficiência.

[tdj-leia-tambem]

O texto, que foi escrito para um veículo de comunicação, abordava os eventuais riscos éticos dos modelos de linguagem da empresa. De acordo com Gebru, a empresa solicitou a retratação total do artigo, ou que ela retirasse o nome dela e dos colegas de trabalho.

A cientista disse à administração da empresa que, se as condições do artigo não fossem atendidas, ela”trabalharia em um último encontro”. No entanto, segundo ela, a empresa se recusou a atender essas condições e acelerou sua demissão. O desligamento teria ocorrido por causa de um e-mail enviado para uma lista interna chamada “Google Brain Women and Allies”. Neste e-mail, ela criticava a diversidade e os esforços de inclusão da empresa.

Nesta sexta-feira (5), o líder de IA do Google, Jeff Dean, divulgou um comunicado em que dizia “que o trabalho de pesquisa tinha algumas lacunas importantes que nos impediam de ficar confortáveis ​​ao relacioná-lo ao Google”.

 

Com informações do G1.